O tempo seco dos últimos meses e a falta de chuva tem contribuído para que o número de queimadas cresça em Campo Grande e em todo Mato Grosso do Sul. Entre a última terça-feira (13) e a manhã de ontem (14) foram registrados 28 incêndios em vegetação na Capital e 23 no interior do Estado, segundo estatística de atendimento do Corpo de Bombeiros.
Ainda sobre as queimadas em vegetação, terrenos baldios, amontoado de lixo e áreas de conservação, de 1º de agosto até ontem (14), o Estado registrou 605 queimadas, somente em Campo Grande, desse total foram 326 incêndios, um aumento de 63% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 223 incêndios, sendo 140 na Capital.
Ainda conforme as estatísticas de atendimento do Corpo de Bombeiros, mas agora sobre incêndios em edificações, de 1º de agosto até a manhã de ontem (14), 27 incêndios foram registrados em Campo Grande, um aumento de 75% se comparado ao mesmo período de 2018 quando foram registrados 7 casos.
Mais um caso
Na manhã de ontem (14), por volta das 09h30, uma casa no bairro Santo Antônio, na rua Eunice Weaver, pegou fogo. As chamas consumiram toda a residência que era de madeira e alugada. A moradora da casa, Kevelyn Aparecida Pacheco Gomes, de 21 anos, e a filha, Alana Pacheco, de 5 anos, acordaram com a casa pegando fogo. As duas tiveram que ser socorridas e encaminhadas para Santa Casa. Kevelyn apresentava queimadura de 1º e 2º grau e a criança de 1º grau. A casa foi completamente destruída.
De acordo com a mãe da Kevelyn, Eliane Caramalac, que mora no imóvel na frente da residência, a filha foi acordada pela neta que estava com as costas pegando fogo. Elas conseguiram sair a tempo da casa, mas não conseguiram pegar nada. “Minha filha vai precisar de doações, ela perdeu tudo no incêndio”, desabafou.
Segundo o aspirante oficial do Corpo de Bombeiros, Gabriel Ferreira Lopes, a primeira viatura a chegar no local foi a unidade de resgate, tendo em vista que a prioridade do Corpo de Bombeiros é de atender as vítimas. Não foi possível identificar onde o fogo começou . “Ainda não sabemos como começou o incêndio, isso será investigado”, assegurou Lopes.
Mas, conforme a moradora da outra casa que fica no mesmo quintal e que felizmente não foi atingida pelo fogo, Mari Cardoso, provavelmente o incêndio começou na fiação elétrica. Ela explicou ainda que na semana passada pegou fogo no disjuntor do padrão de energia. “A gente já chegou a desligar o padrão de energia com medo, justamente, de pegar fogo nas residências que tem pelos menos 30 anos. E a gente já tinha avisado o proprietário sobre o risco”, declarou.
Serviço: Interessados em fazer doações podem entrar em contato com a Eliane Caramalac: (67) 99118-4467. (Rafaela Alves e Taynara Foglia)