Vítimas de incêndios, três animais chegaram na quarta-feira (16) a Campo Grande: um veado e duas aves (um filhote de Jandaia Estrela e um gavião-asa-de-telha). Eles estão no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Além disso, dois filhotes de catetos foram resgatados pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em Costa Rica e também estão a caminho da unidade na Capital.
Os animais que já chegaram ao Cras estão em observação e aguardando exames, conforme a coordenadora Aline Duarte. “Apesar da lesão na pata, o veado está com estado geral bom. Os outros também”, explicou.
O filhote de veado está com uma possível fratura em uma das patas, que foi imobilizada. Ele foi resgatado em Figueirão e atendido inicialmente por uma veterinária de Alcinópolis, que encaminhou o animal. A Jandaia Estrela também veio de Alcinópolis e o gavião foi resgatado em Rochedinho.
Até ontem, apenas um cervo, um preá e uma anta haviam chegado ao Cras por consequência das queimadas. O Cras é referência nacional em atendimento a animais silvestres e atualmente está com mais de 250 bichos.
Crás Móvel
Preocupado não apenas com os incêndios, mas com o socorro e preservação da fauna, o governador Reinaldo Azambuja determinou a criação de uma espécie de Cras Móvel, ou Samu dos Bichos. O veículo adaptado já está atendendo os animais do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari e região, nos municípios de Alcinópolis e Costa Rica.
A unidade está equipada com medicamentos e equipamentos para realização de exames e conta com um médico veterinário do Cras para atendimento ambulatorial de emergência.
Estruturas do Centro de Reabilitação montadas nas regiões mais críticas do Estado também vão atender os animais silvestres afetados pelos incêndios em Mato Grosso do Sul.
Na região de Corumbá e Ladário, no Pantanal, a recepção contará com apoio da PMA (Polícia Militar Ambiental) e um centro de atendimento na sede da 2ª Companhia da polícia ambiental. A equipe vai percorrer as áreas atingidas para atender os animais nestes locais, acompanhados da fiscalização para identificar e responsabilizar possíveis autores.
Além disso, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) disponibilizou a base de pesquisa na estrada-parque para receber animais atingidos pelo fogo.