Equipes de vigilância da Iagro encontraram nove focos de raiva bovina em Cassilândia nas regiões: da Serra do Faustino Vendrame sentido Árvore Grande (3); Ilha do Pescador; (1); fundo do Aeródromo Municipal (3); e no distrito do Indaiá do Sul, próximo da vila (2). Nos municípios de Paraíso das Águas e Costa Rica mais de 100 animais já morreram com a doença.
De acordo com o coordenador dos Programas Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), o fiscal estadual agropecuário Fábio Shiroma, o trabalho da equipe da Iagro ganha agilidade e eficiência com a comunicação do produtor, dos possíveis abrigos de morcegos na propriedade e na realização da vacinação contra a raiva.
“O controle preventivo e a vacinação dos bovinos são fundamentais para evitar a doença, que não tem cura”, reforça Shiroma. Mesmo não sendo obrigatória a vacinação, a agência recomendou aos produtores da região de Cassilândia quem façam a imunização no rebanho, por conta dos focos encontrados, destacando ainda a importância do reforço da dose 30 dias depois.
Shiroma lembra ainda que, além de estar sempre atento aos possíveis abrigos de morcegos transmissores da raiva (conhecidos como morcegos vampiros) que possam existir na propriedade, e fazer a comunicação o mais rápido possível à Iagro, é importante que o produtor não toque no animal quando identificar algum sintoma suspeito (perda de apetite, salivação, andar cambaleante, não consegue se alimentar nem se movimentar, se deita) ou com marcas de sugadura de morcegos.
O animal com a doença pode vir a óbito em 3 a 7 dias e a doença pode ser transmitida para os seres humanos. Caso haja contato com animal suspeito ou alguém seja agredido por morcegos, cães, gatos, é preciso procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo.
A raiva
A raiva é uma enfermidade que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive do homem, com letalidade próxima de 100%. O período de incubação é relativamente longo (tempo que o animal foi exposto ao vírus até o aparecimento dos sinais clínicos); varia em média de 45 a 60 dias e a resposta imunológica à vacinação se inicia em média com sete a dez dias. Por isso é comum o aparecimento de animais que receberam a vacinação e vieram a óbito com a raiva até que todos os animais estejam protegidos pela vacina.
(Texto: Rosana Siqueira)