A pandemia da COVID-19 interferiu na realização de alguns serviços essenciais para o combate a dengue em Campo Grande. Entre eles está a visitas dos agentes de saúde em residências e a realização de mutirões de combate. Ao todo, no ano de 2020, foram registrados 2,1 milhões de visitas, enquanto em 2019 foram realizados 2,6 milhões, uma redução de quase 400 mil visitas. Apesar disso, a Capital registrou uma redução de 96% nos casos de dengue no primeiro mês de 2021.
Em janeiro, ao todo, foram registrados 154 notificações de casos suspeitos, conforme o boletim da prefeitura. No mesmo período de 2020, foram 3,7 mil. A redução drástica pode ser fruto de alguns fatores, como explicou o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. Além da antecipação de ações de limpeza, a população pode ter adquirido imunidade ao tipo de vírus que circula no Estado.
“Nós antecipamos as ações. A ‘Operação Mosquito Zero – É Matar ou Morrer’ começou perto de fevereiro, uma ação que geralmente começava lá por abril. Houve resultado disso”, comentou. “Acredito na questão do vírus circulante. Temos o mesmo vírus circulando há três anos, então, as pessoas vão adquirindo imunidade”, completou. O sorotipo 2 da dengue circula em Mato Grosso do Sul desde o ano retrasado, segundo Filho, por este motivo, a tendência é que os números não sejam tão elevados como nos dois anos anteriores.
Sobre as ações na pandemia, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública), Veruska Lahdo, explicou que a pandemia provocada pela COVID-19 levou os agentes a ter dificuldade de cumprir a meta estipulada de 200 mil visitas por mês e que a estratégia mais afetada foi a dos mutirões de combate ao mosquito Aedes aegypti.
No início de 2020, foram realizadas ações em todas as cinco regiões da cidade e, devido a COVID, essas ações foram retomadas apenas em dezembro. “Com a pandemia, nós precisamos de um tempo para regularizar a forma de trabalho”, disse. “Mesmo assim, com planejamento, nós conseguimos fazer outros dois no fim do ano na região do Tiradentes e no Iraci Coelho”, concluiu.
(Confira mais na página A4 da versão digital do jornal O Estado)
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