Campo Grande registra mais oito casos suspeitos de febre maculosa

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Subiu para oito o número de casos suspeitos de Febre Maculosa em Campo Grande, segundo informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que investiga os casos. A pasta disse que não há nenhuma confirmação positiva da doença.

Conforme nota encaminhada para a reportagem nesta terça-feira (04), a Sesau informou que são quatro novos casos suspeitos: dois homens, um de 38 anos e outro de 48 anos e duas crianças, uma menina de um ano e um menino de três anos. O primeiro suspeito possui histórico de frequentar a zona rural, bem como o menino de 3 anos. Já o segundo homem e a menina de 1 ano são moradores da zona rural.

Todos os pacientes estão em atendimento domiciliar, com quadro estável. Eles teriam tido contato com carrapatos, porém ainda não se sabe se foi com o carrapato-estrela, responsável pela transmissão da febre maculosa.

Histórico

O primeiro caso suspeito foi o de uma criança, de 1 ano, notificado no dia 17 de junho. Ela ficou internada em hospital particular da Capital, tendo recebido alta no dia 24 de junho, com quadro estável e assintomática.

Já o segundo caso foi o de uma mulher, de 63 anos, moradora do interior de Mato Grosso do Sul que estava em Campo Grande em visita a familiares. Ela procurou um hospital particular, onde foi notificada como suspeita no dia 21 de junho, sendo medicada e se recupera em casa.

Os outros dois casos são de dois homens, um de 61 anos, notificado no dia 21 de junho, e o outro de 29 anos, notificado no dia 23 de junho. Ambos têm histórico de viagem para o interior do Estado.

Diagnóstico

Para o diagnóstico de febre maculosa, é necessário duas coletas de materiais com intervalo de 15 dias para que seja enviado ao laboratório para análise, desta forma, ainda não há nenhum diagnóstico, seja ele confirmando ou negando a doença. Em caso de sintomas, a orientação é para que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima.

Transmissão

A febre maculosa é transmitida principalmente pelo carrapato-estrela (Amblyomma sculptum), sendo o principal vetor da doença no Brasil. Os carrapatos infectados podem transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii para os humanos por meio da picada.

Além dos carrapatos, outros animais podem desempenhar um papel na transmissão da febre maculosa, servindo como hospedeiros para os carrapatos infectados. Entre os principais hospedeiros amplificadores estão os roedores, como as capivaras, que são consideradas hospedeiros preferenciais dos carrapatos.

Outros animais silvestres, como equídeos, cães, aves e pequenos mamíferos, também podem abrigar os carrapatos e desempenhar um papel na manutenção da infecção. É importante ressaltar que a febre maculosa não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra, apenas por meio da picada de carrapatos infectados. Não há registro recente de casos em animais na Capital.

Cuidados

É importante que a população tome medidas de prevenção ao frequentar áreas onde há presença de capivaras, como parques e áreas verdes. É recomendável evitar o contato direto com carrapatos, indicado o uso de roupas adequadas, aplicação de repelentes e inspeção no corpo caso haja exposição a ambientes desse tipo, principalmente em crianças.

Caso apresente sintomas como febre, dor de cabeça intensa, erupção cutânea e dores no corpo após a exposição a áreas com risco de febre maculosa, é essencial buscar atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves.

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