Após reunião dos senadores com o Ministro ela confessa emocionada: “As pessoas vão morrer sem remédio”. OUÇA O DESABAFO DA SENADORA
“Vai ser uma semana muito triste no Brasil inteiro. Vamos ver cenas que a gente nunca imaginou ver na vida”, alerta a senadora Simone Tebet (MDB). Mas, a senadora garante que os parlamentares não vão ficar parados. Alias, eles estão se mobilizando por meio de reuniões virtuais, que é o possível nesta situação calamitosa brasileira atual. (ouça o aúdio completo no fim da matéria)
“Estamos entendendo como vamos tratar a situação de cada Estado. No sábado (27), nos reunimos durante uma hora e meia com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Descobrimos que já começa a faltar sedativo. Estão faltando medicamentos e vão ter que tirar a intubação de quem já está nesta gravidade e não vai poder intubar novos pacientes porque não tem remédio”, revela Tebet.
A senadora Simone Tebet também foi prefeita por duas vezes de Três Lagoas e alerta que lá já começou a faltar o básico. “Estão substituindo as medicações e só o governo federal que as possui porque requisitou dos laboratórios e estes não podem vender para ninguém mais. Ainda assim, o que foi solicitado pela União é insuficiente. Ou seja, eles estão tendo que distribuir o que ainda têm, mas continua sendo pouquíssima a quantidade de medicamento existente no mercado hoje. Estão tentando importar”, conta.
Diante deste cenário prestes a acontecer em proporções assustadoras, conforme a senadora, a análise não é animadora. “Por isso, serão cenas dantescas ( palavra relacionada ao livro Divina Comédia onde as imagens do Inferno de Dante são referências a situações horrendas), lamentáveis que a gente vai viver semana que vêm e início da outra. Será o pior momento não só da pandemia mas da nossa existência com gente morrendo simplesmente porque não teve um remédio”, desabafa.
Tebet e o senador Paulo Paim (PT) vão participar de um live com a TV do Jornal O Estado MS, na terça-feira (30), mas a correria para chegar a uma solução para o caos imperado em decorrência das consequências da COVID-19, não permitem que seja uma participação longa. (ouça o aúdio completo abaixo)