Autoridades de saúde do Brasil estão monitorando dois casos suspeitos de varíola dos macacos. Os casos foram identificados no Ceará e em Santa Catarina. Um terceiro caso, suspeito é monitorado no Rio Grande do Sul. A informações foi confirmada ontem (30), pelo Ministério da Saúde.
No dia 27 de maio, a Bolívia identificou o primeiro casos suspeito de varíola dos macacos no país, o que acendeu o alerta para a chegada da doença em Mato Grosso do Sul, visto que o Estado que faz fronteira com a Bolívia. No mesmo dia a Argentina confirmou o primeiro caso do doença no país.
Varíola dos macacos é uma enfermidade que consiste em infecção viral rara, semelhante à varíola humana. Neste ano, mais de 12 países registram casos da doença.
O primeiro caso registrado foi identificado na República Democrática do Congo, na década de 1970. Apesar da semelhança entre os nomes, a varíola dos macacos difere da varíola humana por ser mais branda e possuir menor mortalidade. Vale ressaltar que a varíola humana foi a primeira doença erradicada da história, há mais de 40 anos, após uma campanha de vacinação global.
Segundo a OMS, a nova doença é classificada em duas versões, África Ocidental e África Central, a primeira possui taxa de mortalidade entre 1% e 10% enquanto a segunda versão é mais perigosa com 20% de chance de levar o paciente a óbito.
Um brasileiro de 26 anos foi o primeiro caso registrado na Alemanha, o homem chegou ao país vindo de Portugal, após passar pela Espanha. Após o caso, autoridades europeias comunicaram que a doença não é particularmente infecciosa entre as pessoas, e a maioria dos infectados se recuperam em algumas semanas.
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.
Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social e a higienização das mãos, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.
“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, destacou a Anvisa.
Sintomas
Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo e podem deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes.
A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.
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