Em janeiro deste ano, o Brasil registrou 320.512 novos empreendimentos, o que representa um aumento de 21,7%, em relação ao mesmo mês no ano passado. As informações foram repassadas pela Serasa Experian.
O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa apontou que as Sociedades Limitadas puxaram a variação, com aumento de 78,8% no período. Ainda assim, os microempreendedores individuais são maioria, representando 80,6% do total de novos negócios. Na comparação com dezembro de 2019, o crescimento foi de 73,6%.
Para o economista da entidade Luiz Rabi, o mês registrou crescimento recorde por conta da necessidade dos brasileiros de gerar renda em um período econômico de crescimento abaixo do esperado.
“Há uma demanda maior de novos negócios no início do ano, uma tendência natural pela queda da atividade durante as festas de fim de ano. Mas este ano ainda temos um alto nível de desemprego, o que faz com que as pessoas abram negócios e se formalizem para terem recursos financeiros e mais segurança no caso de imprevistos”, disse.
O economista avalia que a recente paralisação de alguns setores devido às medidas de isolamento social para combater a pandemia da Covid-19 deve trazer desafios aos novos empreendimentos. “Empresas recém-criadas, principalmente os pequenos negócios que contam com pouco capital de giro, são mais sensíveis à queda do faturamento e devem enfrentar dificuldades para manter o equilíbrio financeiro”, disse Rabi.
O mês de janeiro registrou crescimento de novas empresas em todos os segmentos, com destaque para Serviços (24,7%). A área representa 69,3% do total de negócios abertos no mês, seguida por Comércio (22,1%) e Indústria (7,3%).
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)