O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou na manhã desta quinta-feira (7) a renúncia ao cargo. O Premiê deve permanecer à frente do governo até a escolha do sucessor, que pode durar até setembro. O Anúncio ocorreu em meio a rebelião no Partido Conservador após escândalo sexual envolvendo aliado.
— O processo de escolha de um novo líder deve começar. E hoje indiquei um novo gabinete para governar, assim como eu farei até a escolha acontecer — disse Boris Johnson.
O processo que levou à renuncia
Após polemicas, Boris Johnson já havia perdido apoio do próprio partido. Desde a realização de festas e vazamento de vídeos do Premiê em meio a pandemia, a relação parecia estar desgastada. Uma outra polemica que acrescentou camadas a situação, foi o financiamento irregular da reforma da residência oficial, passando por acusações de clientelismo.
O estopim foi quando Boris nomeou Chris Pincher para um cargo parlamentar importante. Chris é um conservador que renunciou na semana passada. O motivo teria sido que o político reconheceu ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.
Depois de afirmar o contrário em um primeiro momento, o governo britânico reconheceu na terça-feira que o primeiro-ministro havia sido informado em 2019 sobre acusações anteriores contra Pincher, mas havia “esquecido”.
A renúncia acontece em meio a mais de 50 pedidos de demissão de membros do governo. Todos eles alegaram “falta de confiança” em relação a Boris Johnson.
“Novo líder, eu te darei o maior apoio que conseguir. E ao Parlamento britânico, eu sei que haverá muitas pessoas aliviadas e outras desapontadas. Quero que vocês saibam o quanto estou triste de desistir do melhor trabalho do mundo.” Disse o primeiro ministro em seu discurso de renúncia.
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