Bolsonaro participa de videoconferência com líderes do Mercosul

O presidente Jair Bolsonaro falou em defesa da democracia e alfinetou outros países da América do Sul durante videoconferência do Mercosul na manhã desta quinta-feira (2). “Continuemos todos a defender de forma incansável o compromisso do Mercosul com a democracia, que é um dos pilares de nosso bloco e de nossa região”, afirmou.

“Não poderia encerrar sem fazer menção à Venezuela, na expectativa que retome o quanto antes o caminho da liberdade. Nesse mesmo espírito de valorização da democracia, lamento que o governo da presidente Jeanine Áñez, contrariamente à vontade do Brasil, não tenha podido participar de nossos trabalhos ao longo do semestre”, disse.

Bolsonaro afirmou que pretende dar “prosseguimento ao diálogo com diferentes interlocutores para desfazer opiniões distorcidas sobre o Brasil”. O objetivo, segundo ele, é expor as ações “em favor da proteção da floresta amazônica e do bem-estar das populações indígenas”.

O governo federal é alvo de críticas da comunidade internacional pelo aumento do desmatamento da Amazônia. Numa MP (medida provisória) nº910, que já caducou, Bolsonaro tentou ampliar a regularização de terras. Ambientalistas apontaram o ato como um prêmio a grileiros.

Agenda de reformas

Bolsonaro mencionou as reformas econômicas. Ele falou: “Nosso governo endossou integralmente as prioridades da presidência Paraguai, que aprofundam a modernização do Mercosul e fazem do bloco aliado essencial da ambiciosa agenda de reformas que temos implementado no Brasil.”

O presidente disse que o Paraguai levou adiante a modernização do bloco. Afirmou: “Ressalto nesse plano a reforma da TEC (tarifa externa comum), medida indispensável para consolidar o Mercosul como fonte de prosperidade para os nossos povos. O bloco também tem registrado movimentos para discutir a inclusão dos setores automotivo e açucareiro no regime de regras comum.” 

Bolsonaro também falou que quer levar adiante negociações já abertas com o Canadá, Coreia do Sul, Cingapura e Líbano, bem como expandir acordos vigentes com Israel e a Índia; abrir novas frentes na Ásia; e buscar tratativas com os países da América Central.

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