É cada vez mais comum encontrar com pessoas andando em bicicletas elétricas na em Campo Grande, modelos que muito se assemelham com as tradicionais. O veículo caiu no gosto da população e, o que antes era mais usado por idosos, hoje circula entre todas as gerações.
Também conhecida como E-bike, o modelo se tornou uma alternativa para os veículos tradicionais e permite que o condutor alcance uma velocidade máxima de 40 km/h. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) iguala as bicicletas elétricas com as tradicionais e permite a utilização tanto em ciclovias quanto nas vias urbanas. Atualmente, o preço médio da bicicleta é de R$ 3,6 mil.
O padeiro Sebastião Rosa de Carvalho, de 65 anos, começou a utilizar a bicicleta elétrica há cerca de dois anos com receio, mas, hoje, a classifica como a melhor opção para circular no trânsito. “Quando eu comprei a bicicleta, era uma coisa que todo mundo estava comentando, mas a gente sempre fica desconfiado na hora de andar, mas isso foi uma coisa só de início, depois que eu peguei o jeito, percebi que foi minha melhor escolha”, conta.
A bike é hoje o principal meio do transporte do padeiro, que não sente saudades do tempo em que dependia do transporte coletivo para poder andar pela cidade, e o gosto pelo veículo cresceu tanto que a propaganda feita conquistou o neto que também estuda comprar uma bike. “O maior alívio é não precisar mais de ônibus, com a bike eu ganhei mais autonomia, saio de casa e não preciso ficar em ponto esperando, e, ainda, não passo calor. Hoje, meus netos já buscam economizar para poder comprar uma bicicleta elétrica, eu vejo que cada vez mais a ‘gurizadinha’ tem andado junto”, afirma.
A gerente Sillayne Espíndola aponta que as pessoas têm se interessado cada vez mais pela bicicleta elétrica e o fato de não se enquadrar como veículo automotor é uma das vantagens, pois, com isso, não são cobrados impostos e, para conduzi-la, não é necessário possuir CNH, se popularizando rápido. “Nós começamos com a Gambaratto Bicicletas há três anos, em Três Lagoas, e, hoje, já temos três lojas; um dos fatores que contribuíram para o sucesso da loja foi o fato de não precisar de CNH, não precisa pagar imposto por ela, o que se tornou uma opção para aqueles que não tiveram a possibilidade de tirar uma CNH, ou, até mesmo, para aqueles que possuem mas querem economizar”, revela.
O baixo custo de manutenção é um dos fatores que também chamam a atenção dos consumidores. “Hoje, o preço da gasolina está muito caro, e, às vezes, aqueles que possuem carros preferem deixar em casa e começar a utilizar a bike, que gasta muito pouco na hora de recarregar, além do fato de não poluir o meio ambiente”, ressalta. (Amanda Amorim)