A Prefeitura de Campo Grande vai continuar a construção do Centro de Belas Artes, projeto idealizado para a estrutura em 2010, e que deve abrigar o do Arquivo Histórico Municipal e da Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo). A licitação lançada ontem (6) deve concluir a primeira etapa, que representa 28% dos 16 mil metros totais, com um investimento de R$ 4,4 milhões. O certame deve ser aberto no dia 8 de setembro.
No total, foram investidos R$ 6,8 milhões de recursos federais e contrapartida do município na estrutura que fica no bairro Cabreúva. A retomada da obra se deve a renovação de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado no ano passado entre o prefeito Marquinhos Trad e a 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público. O documento foi firmado em 2008 e prevê a conclusão da obra até 2020. O valor do investimento na estrutura é proveniente de uma parcela de um financiamento de R$ 11 milhões que a prefeitura contratou no final de 2018.
Os projetos elaborados para o espaço prevem o Arquivo Histórico Municipal funcionando no subsolo com espaço para a biblioteca. O 1º andar seria ocupado pela Sectur, com salas de dança, duas salas multiuso, sendo uma delas com 650 lugares, e um auditório com 124 lugares. O projeto conta ainda com um pórtico de entrada, além de uma divisão da estrutura que será reformada do restante da obra inacabada.
De acordo com o secretário da Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos), Rudi Fiorese, a Capital não tem condições para concluir a obra a curto prazo porque custaria, aproximadamente, R$ 16 milhões, mas, sem a retomada dos trabalhos, a prefeitura teria que devolver ao Ministério do Turismo cerca de R$ 10 milhões em valores corrigidos.
“Ano passado, foi firmado compromisso com o ministério de concluir parte do prédio, com recursos próprios. Em contrapartida, seria encerrado o convênio sem necessidade de ressarcimento do dinheiro liberado”, explicou Rude.
Segundo o município, foram seis meses de trabalho para fazer a planilha, com mais de 200 páginas. Também foi observada a necessidade de refazer alguns trabalhos já que a obra está parada há mais de 8 anos e foi alvo de vandalismo. A prefeitura deve trabalhar numa parceria público-privada para concluir o restante da estrutura, que é de mais de 11 mil metros. (Raiane Carneiro com assessoria)