Bate-papo evidencia carências das comunidades periféricas em CG

Para terem suas necessidades assistidas e garantirem seus direitos, as comunidades carentes de Campo Grande precisam das “pontes” que trazem visibilidade e evidenciam a situação em que vivem, conseguindo nos artistas que trabalham em assistência a essas famílias as janelas de que tanto precisam. Nesta quinta (11), às 19h, o Projeto Kzulo, no Instagram, dá início à sua primeira live com um bate-papo com este objetivo.

Dando voz às comunidades, as primeiras convidadas são Anita de Matos (acadêmica de arquitetura e Urbanismo – UFMS, bacharel em Direito, coordenadora do Unegro-MS e do Sarau Moreninhas), com
um bate-papo mediado pelo baterista do Projeto Kzulo, Alejandro Lasso.

“Hoje mais do que nunca, nessa situação de quarentena, de afastamento social, ficou bem claro quanto a cultura e o entretenimento são fundamentais para a sociedade e para cada indivíduo. A cultura, a arte e a ciência que estão salvando muitas pessoas do desespero no afastamento social”. comenta Alejandro.

Professor na UFMS, ele complementa, dizendo que: “as dinâmicas das famílias mudaram; o acesso ao entretenimento, as redes sociais estão cumprindo um papel inédito e fundamental nessas grandes mudanças que já vinham acontecendo, mas que neste tempo de crise se aceleraram e ficaram mais evidentes”.

De estarmos abertos às questões da sociedade como um todo, ele fala que não é só do material que sente falta a comunidade, o bom lúdico e cultural também é carência. “Nosso interesse desde o inicio era motivar processos de formação artística com os jovens no bairro Moreninhas. Os espaços culturais são uma carência muito forte na periferia”, diz o professor.

ssa proposta de facilitar o acesso à cultura e à formação artística nessas regiões da cidade. Agora que estamos no meio de uma pandemia, as carências destas populações ficaram ainda mais evidentes, então o objetivo desta primeira Live é precisamente motivar um espaço de diálogo em que todas essas situações sejam comunicadas de forma crítica e comparticipação direta das lideranças da comunidade”, comenta Alejandro.

(Texto: Leo Ribeiro/Publicado por João Fernandes)

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