Avaliação de alunos se torna desafio nas redes pública e privada de ensino

Escolas procuram definições de como aprovar estudantes em 2020

A pandemia do novo coronavírus afetou de forma drástica um setor fundamental da sociedade: a educação. O formato das
aulas mudou, se enquadrando em uma tela e a distância. Por isso, em um parecer publicado no dia 7 de julho, o CNE (Conselho Nacional de Educação) apresentou uma série de recomendações como parâmetro para escolas públicas e privadas. Uma delas recomenda que as instituições de ensino e colégios de todo o país “evitem” a reprovação dos estudantes em 2020.

A publicação sugeriu ainda que as estratégias de avaliação sejam diversificadas e que os estudos que podem ter sido prejudicados neste ano sejam mantidos em 2021. Por não se tratar de uma norma, o documento permite que cada instituição de ensino tenha autonomia para decidir reter ou não o aluno, uma decisão difícil já que as avaliações em pleno isolamento social ainda não são
certas tanto para a rede pública quanto para a privada.

Para o presidente da Associação das Instituições Particulares de Ensino de Campo Grande, Lucio Rodrigues Neto, para a sugestão do CNE ser acatada é necessária uma homologação do conselho estadual e municipal. “Enquanto não tivermos uma orientação aqui do nosso Estado e município, não temos como tomar nenhuma atitude ou decisão [em relação à reprovação]. A questão da reprovação é algo polêmico, de uma forma geral, a reprovação já gera uma grande discussão no âmbito da educação, durante a pandemia nós estamos falando de aulas que não voltaram e como será esse retorno, nós ainda não sabemos”, ressaltou Rodrigues Neto.

Com o isolamento social, as escolas precisaram usar ferramentas para que os alunos não perdessem o ritmo dos estudos ou fossem prejudicados por estarem fora da sala de aula. O gerente pedagógico da Funlec, Hudson Cruz Ortiz, explica que a rede adotou as aulas transmitidas ao vivo pela internet como uma das formas de manter os estudos. “Desde o primeiro dia das aulas virtuais, nós adotamos uma plataforma, que é o Google Classroom. Nós ensalamos todos os alunos nas mesmas salas, com os mesmos alunos, a mesma quantidade de professores e utilizamos a estratégia de aulas gravadas de conteúdos, das lives [transmissões ao vivo] no mesmo horário das aulas, claro, com tempo dimensionado para melhor atender o aluno”, detalhou.

(Confira mais na página A5 da versão digital do jornal O Estado)

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