O autor do incêndio que destruiu cerca de 55 hectares do Parque dos Poderes, cartão postal de Campo Grande, é um idoso de 81 anos que não teve identidade revelada. As informações foram confirmadas na tarde desta sexta-feira (20), pelo Delegado Wilton Vilas Boas de Paula, Titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil, durante coletiva de imprensa.
Câmeras de seguranças acessadas pela polícia, flagraram o momento em que o idoso parou na beira da calçada e acendeu um isqueiro ou fósforo, que deu início às chamas. Depois disso, ele saiu caminhando e olhando para trás. Procurado pela equipe de investigação o homem negou o ocorrido, disse que trabalha carpindo terrenos e que ajuda a população. Após os questionamentos ele não apresentou documentos, e por essa razão, será feita uma coleta de impressão capilar pra confirmar sua identidade.
Ainda de acordo com o Delegado, os próximos passos é reunir os dados aos laudos. O suspeito possui várias passagens pela polícia e manifestou grau de distúrbio psicológico, o que conduzirá uma série de apurações. “Essa pessoa está sendo investigada e tudo indica que não é a primeira vez, ele não estava em situação de flagrante e por isso não foi preso. Ao conversar com ele nós também percebemos que ele falava algumas coisas sem coesão. Conforme o inquérito progredir, ele será indiciado e interrogado”, ressalta Wiilton Vilas Boas.
Entenda o Caso
O incêndio que afetou grande parte da fauna e da flora do parque, começou na tarde desta quinta-feira (19), por volta das 16h30, na rua Rio Claro que fica localizada ao lado da Acadepol (Academia de Polícia Civil), horário em que os policiais acionaram o Corpo de Bombeiros para atender a ocorrência. Até o momento não se sabe quantos animais morreram na tragédia.
Teto: Karine Alencar com informações de Itamar Buzzatta
Autoridades ambientais de Mato Grosso do Sul realizam verificação na tarde desta sexta-feira (20) na área do Parque dos Poderes que foi destruída pelas chamas do incêndio que começou na noite de ontem (19).
De acordo com a coordenadora do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Aline Duarte, até o momento nenhum animal ferido foi encontrado. “Desde ontem no momento das queimadas viemos para verificar se algum animal precisava de atendimento, mas nós ainda não recebemos ocorrências de animais queimados ou atropelados nesta região do parque”, afirmou.
A suspeita é que o fogo tenha começado na rua Rio Claro, próximo a Acadepol (Academia de Polícia Civil), por ação humana. Um vídeo, que ainda não foi divulgado pelas autoridades, revelam um homem começando o incêndio próximo a mata.