Os oito atletas da seleção brasileira de Parataekwondo fizeram intensa preparação e esperam conquistar, além de medalhas, maior divulgação do esporte. Esta é uma das modalidades que estreiam no programa dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, que começam hoje (23).
Essa é a expectativa de Nathan Torquato, revelação da equipe: “O Parapan tem uma importância muito grande, pois é uma competição que não envolve apenas o taekwondo, mas todos os esportes. Os jogos têm visibilidade muito grande tanto para o comitê quanto para toda a seleção”.
O técnico da seleção brasileira, Alan Nascimento, afirma que essa visibilidade nos jogos vai atrair novos atletas e elevar o nível técnico da modalidade: “Temos certeza de que terá maior procura de atletas pelo parataekwondo, ou migração de outra modalidade para esta. Acreditamos que depois do Parapan teremos grande retorno”.
Os atletas têm pela frente os melhores do mundo, o que é um grande desafio, mesmo quando se considera que a equipe brasileira está entre as três melhores da América.
Regras da modalidade
Competem no parataekwondo atletas com amputações nos membros superiores. Eles são divididos por peso e classes funcionais (K-41, K-42, K43). Cada disputa é dividida em três rounds de dois minutos, com a possibilidade de um round extra, chamado de golden score.
Na luta são válidos apenas chutes no tronco, que recebem pontuações diferentes, dependendo se forem diretos, rodados ou giratórios. Socos têm pontuação nula. Golpes na cabeça são proibidos e geram punição, diferentemente do que acontece no taekwondo convencional. (Rafael Belo com assessoria)