Aquino passa a representar Santa Catarina e projeta ciclo olímpico até Los Angeles-2028
O taekwondista Luiz Felipe Aquino encerra, ao fim de 2025, um ciclo construído ao longo de anos representando Mato Grosso do Sul. Aos 21 anos, o atleta fecha a temporada de resultados expressivos nacional e internacionalmente, uma cirurgia que o afastou das competições e, a partir de janeiro, passa a defender Santa Catarina, já inserido no planejamento do ciclo olímpico até 2028.
O taekwondista Luiz Felipe Aquino encerra, ao fim de 2025, um ciclo construído ao longo de anos representando Mato Grosso do Sul. Aos 21 anos, o atleta fecha a temporada de resultados expressivos nacional e internacionalmente, uma cirurgia que o afastou das competições e, a partir de janeiro, passa a defender Santa Catarina, já inserido no planejamento do ciclo olímpico até 2028.
Há exatamente um ano, o atleta também foi ouro da Copa do Mundo de Taekwondo por equipes, ao lado de Netinho Pontes, primeiro brasileiro medalhista olímpico da modalidade. “2025 foi um ano muito bom. Até o meio do ano eu consegui competir bastante, pegar medalhas importantes e viver experiências grandes.
Aprendi muito como atleta e mais ainda como pessoa”, avaliou. A sequência foi interrompida no segundo semestre, quando precisou passar por uma cirurgia no quadril para correção de um impacto fêmur–acetabular. O procedimento o afastou das competições por cerca de seis meses e interrompeu uma rotina intensa de treinos. “Foi a coisa mais difícil para mim. Faz mais de 14 anos que eu treino sem parar. Ficar parado enquanto todo mundo competia exigiu mais da cabeça do que do corpo”, relembrou. Segundo ele, o período de recuperação também trouxe mudanças fora do tatame. “Aprendi a ser paciente, a mudar hábitos e a entender a importância da parte psicológica.”
pida no segundo semestre, quando precisou passar por uma cirurgia no quadril para correção de um impacto fêmur–acetabular. O procedimento o afastou das competições por cerca de seis meses e interrompeu uma rotina intensa de treinos. “Foi a coisa mais difícil para mim. Faz mais de 14 anos que eu treino sem parar. Ficar parado enquanto todo mundo competia exigiu mais da cabeça do que do corpo”, relembrou. Segundo ele, o período de recuperação também trouxe mudanças fora do tatame. “Aprendi a ser paciente, a mudar hábitos e a entender a importância da parte psicológica.”
Antes da lesão, as competições internacionais já haviam marcado a temporada. Lutar fora do Brasil significou enfrentar atletas de alto nível e desafios específicos, como disputas em países de alta altitude. “A primeira sensação é perceber que você está lutando com pessoas melhores. Isso muda a cabeça do atleta e te coloca em outro patamar, em que você busca superar eles e a si mesmo”, explicou.
Outro marco de 2025 foi o ingresso de Aquino na Marinha do Brasil. Por meio dos resultados como atleta, ele passou a integrar as Forças Armadas como terceiro-sargento, conquista que representa estabilidade e reconhecimento na carreira. “Entrar para a Marinha foi o momento mais marcante do ano. É uma virada de chave para qualquer atleta e um orgulho poder representar o Brasil pelas Forças Armadas e agora lutar por eles”, afirmou.
O encerramento do ciclo em Mato Grosso do Sul ocorreu de forma planejada. A decisão de mudar de Estado não está relacionada à falta de apoio, mas à busca por evolução técnica e pela convivência diária com atletas de alto rendimento. “Aqui em MS o trabalho é muito bom, o Estado é forte, mas eu não tinha pessoas para lutar de igual para igual todos os dias. Eu preciso disso para evoluir se quiser a convocação”, explicou.
Novos ares
A partir de 2026, Aquino inicia uma nova fase em Santa Catarina com foco total na disputa por pontos no ranking internacional. No próximo ano, o ranking da modalidade será zerado, dando início à corrida que define as vagas para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. “Quando o foco passa a ser as Olimpíadas, o pensamento muda completamente. Você se sacrifica mais, abre mão de coisas importantes, mas é o que precisa ser feito”, disse.
Mesmo com a transferência oficializada, o atleta destacou o vínculo com Mato Grosso do Sul, Estado que representou ao longo da carreira com apoio do Bolsa Atleta, da Fundesporte e da Setesc. “Representar Mato Grosso do Sul sempre foi muito forte para mim. Foi aqui que eu nasci, foi aqui que eu fui apoiado e foi aqui que eu levei a bandeira do Estado para fora do país. Essa história vai estar comigo para sempre.”
Ao olhar para trás, Aquino avalia que o maior crescimento no período não veio apenas das medalhas. “Eu amadureci mais como ser humano do que como atleta. Aprendi a ser mais respeitoso, mais humilde e a dar exemplo. Isso eu levo para a vida.” Ele encerra o ano convicto de que a mudança faz parte do caminho escolhido. “Meu objetivo sempre foi ser campeão olímpico. Tudo o que eu faço gira em torno disso. Deixo minha família para trás, minha namorada, amigos e a equipe onde aprendi por tanto tempo, porque eu preciso me dedicar 100% ao que eu quero, aos meus objetivos e a onde quero chegar. Eu quero alcançar essa tão sonhada medalha e, se Deus quiser, ser o primeiro brasileiro campeão olímpico no Taekwondo”.
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