Devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, pretende anunciar quarentena geral e obrigatória para todo o país, para que ninguém saia de suas casas. Apenas supermercados, postos de gasolina, farmácias e hospitais seguiriam funcionando. Já são 97 casos de coronavírus confirmados no país.
Em caso de quarentena geral, o governo já se prepara para garantir o acesso dos argentinos a alimentos e produtos de higiene e limpeza, por exemplo. Entre as ações de controle estariam o fechamento total das fronteiras e patrulhamento de ruas para evitar a circulação de pessoas.
A expectativa da população é saber quando a medida poderia entrar em vigor. De acordo com o jornal argentino La Nación, o governo avalia que poderia iniciar no dia 1º de abril, logo após o fim das primeiras medidas de isolamento parcial, que estão em vigor desde o dia 16 de março. Outra opção seria iniciar a quarentena geral no dia 24 de março.
Na mesa de discussão estaria ainda uma segunda proposta. Caso decida por não declarar a quarentena geral, Fernández poderia juntar os feriados de 2 abril (Dia das Malvinas) com o da Semana Santa e assim permitir que as pessoas fizessem um isolamento voluntário em suas casas, durante 12 dias.
Transporte Público
Na Grande Buenos Aires, após uma determinação do governo de que os transportes públicos não podem levar passageiros em pé, para evitar o risco de contaminação, longas filas têm se formado. A determinação começou a valer de 12h de hoje e o número de trens também foi reduzido.
O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, disse que nos próximos dias o país deve entrar no estágio de circulação social. Este tipo de contaminação, chamado no Brasil de transmissão sustentada, ocorre quando não é mais possível vincular uma contaminação a alguém que contraiu o vírus fora do país e representa o estágio mais avançado de disseminação da doença.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)