Altas da carne, gasolina e energia puxam inflação de Capital

Índice de preços ficou em 1,26%, o maior entre as capitais pesquisadas

A inflação em Campo Grande apresentou alta de 1,26% em setembro. O valor representa 0,22 ponto percentual (p.p.) acima do que foi registrado em agosto (1,04%), sendo influenciado pelos preços de carnes (6,63%), gasolina (2,69%) e da energia elétrica (3,41%). É o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

O resultado do mês passado é o maior do ano para a Capital, além de ser também o mais alto entre as 16 regiões pesquisadas pelo IPCA. No ano, o indicador acumulou alta de 3,41%. Em nível nacional, o Índice foi de 0,64%, acumulando uma alta de 1,34%. 

Altas 

Ainda conforme o levantamento, a maior variação encontrada foi de 3,60% no grupo alimentação e bebidas, no qual acelerou em relação a agosto, com 2,31%. O acumulado do ano nesse setor foi de 8,65%. A aceleração nesse segmento se deve por conta dos alimentos, que subiram 4,40% em relação a agosto. Entre os maiores valores estão o tomate (33,39%) e o arroz (17,33%). O primeiro item acumulou alta de 14,52% no ano e o segundo, de 42,03%. 

Os preços de óleo de soja (11,84%), leite longa vida (6,73%) e carnes (6,63%) também subiram. 

Além disso, a alimentação fora do domicílio subiu pelo segundo mês, apresentando alta de 1,28% em setembro. O resultado foi influenciado pela alta nos preços da refeição com 0,06% e do lanche com 4,10%. Outro ponto destacado é a alta do botijão de gás, de 2,25%. O grupo habitação também apresentou variação significativa, de 1,38% (3,51% no ano), sendo a segunda maior variação no índice do mês. 

O setor de transportes subiu 1,14% (3,35%). A alta segue pelo quarto mês, mesmo tendo desacelerado em relação a agosto (0,82%). Outro destaque foram as passagens aéreas, com 14,90%, após a queda de 2,65% em agosto. 

A gasolina subiu 2,69% em setembro, o que contribui com 0,09 p.p. em relação a agosto (3,22%). O resultado do vestuário foi de 0,74%, seguindo em alta pelo terceiro mês. No ano acumulou queda de 0,54%. E ocorreram elevações em artigos de residência, de 0,40% (1,98%), e despesas pessoais, de 0,35% (0,40%). 

Quedas 

Entre as quedas, o destaque foi para o grupo de saúde e cuidados pessoais, que representou 0,23% do peso da inflação . O acumulado no ano foi positivo, de 1,14%. Em seguida está educação, com baixa de 0,10%. O acumulado do ano também foi positivo de 0,21%. E, finalmente, comunicação teve recuo de 0,07%, sendo que o acumulado do ano foi de 2,22% de altas. Nos combustíveis, o etanol teve redução de 1,31% nos preços.

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(Texto: Izabela Cavalcanti)

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