Depois de ser vítima de violência por parte de um policial na tarde da última sexta-feira (27), em Campo Grande, a advogada Luciany Reis, segue clamando por Justiça com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (30), a diretoria da da Ordem esteve com o delegado-Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel de Oliveira Filho, para tratar dos atos de violência sofridos pela advogada e entregar o pedido de afastamento do policial civil Alex Gomes Rosa.
“Ele mentiu nessa nota que tem distribuído para a imprensa, dizendo que me conteve porque queria sair da delegacia, inclusive essa alegação nem consta no boletim de ocorrência registrado por ele. A verdade é que, diante da negativa dele de registrar o boletim de ocorrência da minha cliente, resolvi filmar o descaso do servidor público naquele momento. Ele se enfureceu e partiu pra cima de mim, tem tudo gravado. Queria de todo jeito tirar meu celular, foi torcendo meus braços e queria me conduzir para um canto da delegacia onde as câmeras não tinham acesso. Nesse momento ele me derrubou e só me deu voz de prisão após ter iniciado a agressão”, explicou a advogada.
Luciany diz que se sentiu violada não apenas no seu direito de advogada, mas como mulher, levando em conta o modo como ela e sua cliente foram hostilizadas dentro da 2º Delegacia de Polícia Civil.
As imagens que mostram a advogada no chão, bastante alterada devido a situação, foram feitas pelo celular da cliente e mostram claramente o desespero da profissional diante da força física do policial.
Para o presidente da OAB/MS, Bitto Pereira, “é inadmissível o que aconteceu. A OAB/MS vai tomar todas as medidas legais, tanto no âmbito cível como criminal, para que situações como essas não voltem a ocorrer. Um ato de violência praticado contra uma advogada é um ato de violência contra toda a advocacia”.
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