Um conjunto de malwares (programas maliciosos) brasileiros que visam roubar informações financeiras em pelo menos 11 países foi revelado pela Kaspersky Lab nesta terça-feira (14). Segundo a empresa de segurança digital, esses programas marcam uma tendência de cibercriminosos do país de passar a atacar também no exterior.
Eles estão na ativa pelo menos desde 2015 e continuam a infectar máquinas, com aproximadamente 3,5 mil ataques detectados pela Kaspersky em seus clientes desde que a empresa passou a monitorar essas ameaças, no fim do ano passado. O número pode ser maior, pois algumas ofensivas podem não ter sido identificadas, ou barradas por outras empresas de cibersegurança.
Os ataques confirmados aconteceram no Brasil, México, Portugal, Espanha e Chile. Além desses alvos, especialistas apontam que esses malwares estão prontos para funcionar nos Estados Unidos, na China e em quatro outros países da América do Sul.
Os programas maliciosos são denominados “Guildma”, “Javali”, “Melcoz” e “Grandoreiro” e atuam de forma independente, operados por diferentes grupos criminosos.Todos são do tipo trojan (cavalo de troia): ficam escondidos e desempenham as funções maliciosas na hora certa. No caso, se manifestam para roubar dados de acesso bancário quando o usuário entra no internet banking pelo computador, tudo de forma invisível.
“Em algumas campanhas pegam também outras senhas e capturam dados de bitcoin”, alerta Thiago Marques, pesquisador da Kaspersky.
De acordo com Marques, os quatro apresentam certo grau de sofisticação e usam técnicas avançadas para se esconderem. O Guildma é o mais arrojado, pois usa um sistema que passa por Facebook e YouTube a fim de se comunicar com os criminosos.
Para funcionar, malwares desse tipo precisam se conectar a um servidor (um computador remoto) por meio da internet. É dele que recebem as informações de como operar e é para ele que enviam os dados roubados.
veja também: Começa nesta terça-feira o prazo para inscrições no Prouni
(Texto:Ana Beatriz Rodrigues com informações do Noticias ao minuto)