Unidades federais de ensino vivem incerteza sobre retomada das atividades presenciais

Com aulas presenciais paralisadas há mais de um ano, unidades federais de ensino seguem na incerteza sobre retorno às salas. De todas as unidades, apenas a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ensaia retomada, que enfrenta obstáculos em razão do aumento de casos da COVID19, inclusive entre acadêmicos da unidade.

Até o fim do primeiro semestre letivo, no dia 15 de julho, as aulas no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) serão apenas remotas. Depois disso, comitê educacional vai se reunir para analisar o contexto da pandemia em cada município a fim de autorizar ou não o retorno às salas.

Na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), em dezembro do ano passado foi aprovado o regime acadêmico emergencial, determinando que na unidade as aulas poderiam ser totalmente remotas, semipresenciais ou presenciais, tomando como base a bandeira sanitária em vigência na cidade.

No entanto, desde que a medida foi instaurada não houve evolução significativa que permitisse a retomada presencial, inclusive Dourados enfrenta um dos piores momentos da pandemia, com fechamento do comércio e duras medidas restritivas impostas pela prefeitura.

Diante do cenário, a UFGD acredita que o “voltar para a sala de aula” será possível apenas com a ampla vacinação da população.

Enquanto a situação não volta ao normal, estudantes ficam divididos entre o medo de voltar para a sala de aula e acabar se contaminando, e o baixo aproveitamento do conteúdo, inevitável com a nova realidade de aprendizado imposta pela pandemia. “A gente vive uma situação muito complicada porque do jeito que está é muito mais difícil de absorver o conteúdo, mas a gente também não se sente totalmente seguro para voltar porque os casos de COVID-19 estão subindo de novo”, relata o acadêmico da UFMS Nilton César, de 21 anos.

Na semana passada, publicação da universidade federal prorrogou até o dia 30 de junho autorização para que aulas práticas dos cursos de graduação e pós-graduação pudessem ser feitas de maneira presencial. Para isso, alunos e professores teriam de cumprir uma série de regras apontadas em plano de biossegurança elaborado por comitê de saúde e segurança.

“Durante o mês de junho está autorizada a realização de atividades práticas dos cursos graduação e pós-graduação, ações e projetos de atendimento nas unidades, de projetos de pesquisa, extensão, inovação e empreendedorismo”, informou texto assinado pelo reitor Marcelo Turine. Apesar disso, a decisão foi colocada novamente em análise após dois acadêmicos testarem positivo para o novo coronavírus. Nova decisão do comitê deve ser divulgada para os estudantes ainda nesta semana. (Texto: Clayton Neves)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *