Por falta de subsídios da iniciativa pública, o transporte público em diversas regiões do país está em greve. Em Campo Grande, o caos ainda não está instalado em razão de empréstimos bancários feitos pelo Consórcio Guaicurus, conforme o diretor-presidente, João Rezende.
“Aqui na Capital, ainda estamos a duras penas, com muito sacrifício e através de empréstimos bancários, honrando com os nossos compromissos [salariais]. Agora, até quando conseguiremos fazer isso, não sabemos”, reiterou Rezende.
De acordo com o diretor-presidente do consórcio, a situação está muito delicada em todo o país, e algumas cidades estão socorrendo o sistema de transporte público. “No entanto, temos muita dificuldade em fazer que entendam que a ajuda não é para o empresário. Afinal, somos prestadores de serviço contratados pela prefeitura”, disse.
Para Rezende, a pandemia agravou ainda mais as relações entre os empresários do setor de transporte e o Poder Público. “Não há como fazer com que o empreiteiro banque uma obra pública, se o serviço é público, como um empresário vai contrair empréstimos no banco para arcar com o serviço? Não cabe esse entendimento, haja vista que todo contrato tem direitos e obrigações”, reiterou.
Na terça-feira, pelo menos cinco grandes cidades do país estavam com os ônibus em greve: Canoas (RS), Goiânia (GO), Manaus (AM), Ponta Grossa (PR), Nova Friburgo (RJ) e Recife (PE). De acordo com João Rezende, a falta de pagamento de salários é o que corrobora para que os sistemas de transporte público entrem em colapso. “É triste um serviço tão importante à deriva”, frisou.
(Confira mais na página A4 da versão digital do jornal O Estado)
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