Uma professora, de 26 anos, que prefere não ser identificada, tem sofrido com a sujeira de um terreno baldio que fica próximo da casa dela e também com uma infestação de ratos, no bairro São Conrado, em Campo Grande. Ela mora na região há três anos e acredita que os dois problemas estão relacionados.
Segundo a moradora, o terreno que ocupa praticamente toda a quadra da Rua Pampulha, entre as ruas Planaltina e Jandaia do Sul, está com mato alto e muito lixo. Para piorar a situação, a população tem colocado fogo constantemente no local. “Eu tenho todos os ‘ites’ da vida: rinite, sinusite e bronquite.É muito ruim porque, mesmo com a casa fechada, às vezes acordo à noite com a garganta trancada por causa da fumaça”, desabafou.
Ela conta que, além disso, começaram a aparecer ratos não só na casa dela, mas também nas residências dos vizinhos. A suspeita é de que os bichos surgem nesse terreno. “Minha cerca elétrica estragou e, por conta disso, meus gatos pulam o muro. Esses dias eles trouxeram três camundongos para dentro de casa. Eu fico com medo desses bichos trazerem doença para dentro da minha casa”, disse.
Apesar da situação dos ratos ser nova, o problema do terreno baldio já é bem antigo. De acordo com a professora, um vizinho que mora há quase 20 anos no bairro afirma que o local nunca foi limpo e o responsável pela área nunca apareceu. “Quero que alguém faça alguma coisa e cuide do local; manter limpo já é suficiente. Também acho que tem de ter uma fiscalização por conta das pessoas que colocam fogo e jogam lixo. A gente já luta tanto tempo por asfalto, ainda tem esse terreno que é um caos”, finalizou.
O jornal O Estado procurou a Prefeitura de Campo Grande, que informou que o terreno é particular e a denúncia foi encaminhada para o setor responsável pela fiscalização. Segundo a administração do município, denúncias nesses casos podem ser realizadas no telefone 156 ou pelo aplicativo Fala Campo Grande. As multas para esses casos variam entre R$ 2 mil e R$ 9 mil, caso o proprietário seja notificado para a limpeza e não a realize.
(Texto: Mariana Ostemberg)