Depois de seis anos, o emprego no setor de petróleo voltou a subir em 2019, puxado principalmente pelas atividades de apoio à exploração. Com a demanda gerada pelas últimos leilões, o setor espera a criação de até 400 mil novas vagas nos próximos dois anos e já fala em gargalos de mão de obra, diante da fuga de profissionais durante a crise.
Para os especialistas, no entanto, há um alerta nos negócios com petróleo, que interessam empresas locais e companhias globais, além de mobilizar estados e municípios que demandam os royalties.
A retomada ocorre no momento em que um vazamento de origem desconhecida contamina milhares de quilômetros da costa. O boom do pré-sal precisa ser acompanhado por medidas de prevenção e remediação, pois a atividade tende ser intensa nos próximos anos, o que e vai demandar atenção redobrada das autoridades.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) compilados pela LCA Consultores, o saldo do emprego nas atividades de exploração e apoio à exploração de petróleo no país é positivo em 306 vagas até setembro.
Mantido o ritmo, 2019 será o primeiro ano desde 2012 com aumento dos empregos no setor —nesse meio tempo, a crise da Petrobras e a suspensão dos leilões de novas áreas desmobilizaram a indústria, levando a enxugamento de vagas em praticamente todos os elos da cadeia.
Além disso, segundo estatística do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o tema, paga salários sete vezes maiores do que a média nacional —em 2017, o rendimento médio no setor era de 21,3 salários mínimos.
Segundo especialistas, a virada do emprego no setor reflete a entrada em operação de novas plataformas da Petrobras e a retomada dos leilões de áreas exploratórias nos últimos anos. (Folha de S. Paulo)