Em São Paulo estão sendo investigados quatro óbitos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19), conforme informações do secretário de Saúde estadual de São Paulo, José Henrique Germann, e do infectologista David Uip, coordenador do Comitê de Contingência do Coronavírus no município.
De acordo com o infectologista, os quatro óbitos foram registrados na mesma rede de um hospital privado de São Paulo, que tem várias unidades. Trata-se do hospital onde foi confirmado o primeiro óbito pela Covid-19 no país, de um homem de 62 anos, morador de São Paulo, que tinha diabetes e hipertensão e sem histórico de viagem. Esse paciente começou a sentir sintomas no dia 10 de março, foi internado no dia 14 e faleceu ontem (16). “Foi uma evolução rápida, da internação ao óbito”, falou Uip.
Paulo Menezes, coordenador do Comitê de Operações de Emergências de São Paulo, informa que até este momento foram confirmados 162 casos de coronavírus em todo o estado paulista, sendo 154 deles na capital e o restante em oito municípios da Grande São Paulo.
Pelas redes sociais, o governador de São Paulo, João Doria, lamentou a morte do paciente por coronavírus. “Minha solidariedade aos seus familiares e amigos. Reforço que não há razão para pânico, mas é fundamental que todos entendam a complexidade da pandemia. Precisamos sim de medidas restritivas, ações responsáveis e coerentes”, disse ele.
O infectologista David Uip disse que vai sugerir hoje (17), ao Ministério da Saúde, que mude o critério de tempo de quarentena, de 14 para 10 dias, pois especialistas têm detectado que, no Brasil, o período de incubação têm sido mais curto. “O que a gente imaginava, que o período de incubação ia até 14 dias, estamos vendo que o período de incubação é mais curto. A média é de três a oito dias”, disse Uip. “Isso faz toda a diferença no impacto da força de trabalho, especialmente da saúde”, reforçou ele.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)