Riscos da intolerância alimentar

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Você tem estes sintomas sem motivo aparente? Cólicas intestinais, desconfortos abdominais, inchaços, diarreias, dermatites e enxaquecas – sintomas comuns às pessoas que sofrem de alguma intolerância alimentar: ao glúten, ao ovo, à lactose. Isso pode significar que o pãozinho francês e o café com leite, companhia de tantos brasileiros logo pela manhã, podem fazer muito mal a algumas pessoas.

A pequena Lara, de apenas um ano e meio, se sente mal depois de ingerir ovo. A mãe, Patricia Fernandes, conta que teve que aprender a fazer pão de queijo, iguaria tradicional na família, sem o ingrediente. A expectativa é que o organismo da menina, com o passar dos anos, se torne tolerante. “A gente tem que esperar. Enquanto isso, restringir a alimentação dela”, afirma Patrícia.

Claudete Monteiro vai ter que conviver com sua restrição para sempre. Ela é professora de pilates e descobriu que tem doença celíaca que, segundo especialistas, ainda não tem cura, nem remédio. A única forma é tirar completamente o glúten da dieta. “E uma semana sem glúten já faz diferença, viu?”, garante Claudete, que sofria de enxaqueca, além dos sintomas gastrointestinais.

A gastropediatra Lenora Gandolfi explica que 1% da população mundial tem doença celíaca, que é a intolerância ao glúten. “Quem tem mais risco é quem tem diabetes tipo 1, hipertireoidismo, outras doenças autoimunes”, exemplifica. Já a intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, atinge 70% das pessoas ao redor do mundo. 

Apesar do alto número, o que especialistas afirmam é que é possível viver bem e se alimentar de forma saudável e saborosa. “Hoje existem manejos nutricionais, preparos, desconstrução de receitas que acabam facilitando os preparos dos alimentos das pessoas que têm intolerâncias”, esclarece a nutricionista Glaucia Medeiros.

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