Com base na tecnologia e tendo como principal objetivo qualificar a assistência ofertada à população, Campo Grande iniciou na quarta-feira (8) a implementação do Programa Municipal de Telerregulação, Teleconsulta e Teleconsultoria no auditório da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul).
Um dos objetivos do programa é qualificar os encaminhamentos da Rede de Atenção Primária para a Rede de Atenção Especializada, por especialidade. Os profissionais de saúde através de web conferências utilizarão estratégias de atendimento compartilhado, entre paciente, médico da unidade de saúde e especialista, sendo o principal diferencial do programa.
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, destaca que com a implementação do programa será possível agilizar o diagnóstico, tornar os tratamentos ainda mais precoces e eficientes, além de melhorar o tratamento dos pacientes dentro dos territórios.
“Este programa oportunizará uma melhor assistência aos pacientes e tenho certeza que será um dos grandes legados deixados pela pandemia. Será fundamental para a assistência da nossa população e também poderá contribuir no atendimento de pacientes do interior do Estado que não têm acesso a especialistas e precisam se deslocar até a Capital para receber o atendimento. Nós podemos estudar formas de contemplar também estas pessoas, destaca.
O programa prevê ainda a qualificação dos encaminhamentos para a atenção especializada, diminuição do tempo de espera para o atendimento especializado presencial, atuando na queda da demanda reprimida, nos deslocamentos dos usuários, reduzindo gastos com transporte.
As unidades de saúde da família (USFs) Tiradentes e Moreninha foram escolhidas para iniciarem o programa. A expectativa é expandir o serviço para as 72 unidades de saúde que compõem a Atenção Primára. Neste primeiro momento, os profissionais das unidades devem contar com suporte de psiquiatras e cardiologistas, prevendo a disponibilização de outras especialidades.
A proposta é expandir também o atendimento aos pacientes acamados através do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) e dar suporte às unidades de urgência e emergência, entre outros, além do apoio ao tratamento dos pacientes provenientes do interior do Estado.