Há mais de um ano moradores do Assentamento Carolina estavam preocupados com a possibilidade de instalação de um aterro sanitário na Fazenda Colorado, próxima deles, na MS-040, que liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo. A preocupação findou na tarde de ontem (4), no gabinete do prefeito Marquinhos Trad.
Uma comissão de moradores do assentamento foi recebida pelo prefeito, representantes da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e receberam a notícia que esperavam: “Ali não vai ser. Toda vez que a sociedade se envolve, a cidade se desenvolve e com isto temos a certeza que determinados locais residenciais não são para certo tipo de empreendimento”, disse Marquinhos Trad.
O professor Fábio Cerqueira, 40 anos, tem lote no Assentamento Carolina, onde tem produção leiteira. Ele reforça que nenhuma das 92 famílias são contra um novo aterro sanitário na cidade, mas é preciso que a área escolhida não traga impactos tão negativos como a proposta traria. “Ali temos o Córrego Pouso Triste que abastece o Carolina e seria fortemente impactado. Vale ressaltar que desde o início os técnicos da prefeitura e o vereador sempre foram muito sensíveis conosco e, agora, o prefeito nos deu esta excelente notícia’, comemorou.
A empresa que pretendia construir o aterro sanitário na região é a Oca Ambiental, que tem negócios em Dourados e pretende expandir para a Capital. A empresa adquiriu 48 hectares na Fazenda Colorado e entrou com pedido de autorização prévia. Porém, conforme a prefeitura, não cumpriu questões técnicas exigidas como apresentar três possibilidades de área para montar o empreendimento, o Estudo de Impacto Ambiental foi considerado falho e ainda foi levada em conta a questão de vulnerabilidade ambiental da região, que abriga várias nascentes, fica na área da APA Guariroba, que é abastecedora de água para a cidade; fauna e flora do local.
O grupo de moradores foi acompanhado pelo vereador e representante da Câmara Municipal Eduardo Romero, que foi procurado por moradores no início do mês de fevereiro deste ano. Também ocorreu uma audiência pública em dezembro do ano passado sobre a proposta de aterro sanitário e os assentados mostraram total descontentamento com a possibilidade.
(Texto: Da Redação/Publicado por João Fernandes)