População espera que obras na Avenida Duque de Caxias tragam mais segurança ao trânsito

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo
Por Kamila Alcântara – Jornal O Estado MS

Foi aberto o período de licitação para as obras de recapeamento e construção da ciclovia na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande, no trecho entre a rotatória do Indubrasil ao aeroporto internacional. Segundo divulgado pela prefeitura, serão investidos R$ 10 milhões, viabilizados por emenda impositiva da bancada no Congresso Nacional, e mais de R$ 6,7 milhões de recursos próprios.

Para quem trabalha na região, independentemente do valor investido, o importante é que as obras aconteçam com rapidez. O empresário Denis Marcelo, 43, possui uma mecânica de caminhões no bairro Santa Mônica, que margeia a avenida, há mais de 20 anos e já está desacreditado com obras por ali. “Isso aqui parece que se tornou uma mina de dinheiro, só com investimento em tapa-buracos. É vergonhosa a situação dessa entrada da cidade. Tem muito acidente aqui, as crianças atravessam correndo, correm risco, porque não tem uma sinalização. Fora que tiraram o acostamento e não tem lugar para os ciclistas. O Centro está ficando tudo lindo, enquanto aqui na saída está tudo abandonado”, critica Denis.

Atendendo indústrias da região desde 1998, o caminhoneiro Gilberto Hernandes, 48 anos, diz testemunhar muitas imprudências, principalmente motociclistas atravessando do canteiro central em pontos proibidos, mas a principal preocupação é com os ciclistas.

“É comum testemunhar imprudências e acidentes por aqui, porque não tem sinalização e pouquíssimas lombadas. É preciso refazer o pavimento e colocar uma pista larga para os ciclistas, porque eles saem em grupos, muitos em pontos que nem tem iluminação pública. É perigoso para eles e para nós”, preocupa-se o caminhoneiro.

Todos os dias a dona de casa Romilda Nunes de Souza, 45 anos, sai da Vila Romana e pedala até próximo do aeroporto para levar os netos à escola. Nesse percurso, ela já chegou a ser fechada por um veículo em alta velocidade, e ficou ferida após cair da bicicleta.

“Pedalar nessa Duque de Caxias é muito complicado, porque os motoristas não respeitam, trafegam em alta velocidade e pertinho da gente. É uma urgência colocar redutores de velocidade, sinalivisita do presidente e tem esperanças de que o empreendimento possa melhorar todos os setores públicos do bairro. “Nós precisamos de mais tenção do Poder Público, com segurança, limpeza e saúde. Sinto que estamos um pouco abandonados. Bem, mas esses novos moradores vão movimentar o comércio e fico muito feliz”, destaca Nilza.

Obras

Conforme divulgou a Prefeitura de Campo Grande, a avenida é a principal entrada para quem vem de Corumbá, Aquidauana e Terenos. Também serve de acesso ao Centro para aproximadamente 15 mil moradores dos bairros Nova Campo Grande, Vila Eliane, Serradinho e Jardim Carioca.

O estudo sobre o tráfego de veículos apurou que em média circulam por essa pista da Duque de Caxias mais de 11,3 mil veículos por dia, sendo quase 4 mil caminhões, fluxo gerado principalmente pelas 40 indústrias instaladas no Núcleo Industrial do Indubrasil e no Polo Empresarial. Para absorver o fluxo de 1,2 mil ciclistas, será revitalizada a ciclofaixa existente a partir do Jardim Santa Mônica e está prevista a construção de 2,7 km de ciclovia.

Na altura da Rua Otávio Augusto, está programada a implantação de 227 metros de defensa e assim evitar que principalmente motociclistas usem o canteiro central como atalho e atravessar de uma pista para outra. Os pontos de embarque e desembarque do transporte coletivo receberão piso rígido e haverá reforço da drenagem.

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