Em menos de dois meses, a parceria da Prefeitura de Campo Grande com o Hospital Adventista do Pênfigo para realização de cirurgias ortopédicas de baixa complexidade proporcionou o atendimento a 262 pacientes que eventualmente precisariam aguardar na fila do SUS (Sistema Único de Saúde) e tiveram acesso ao procedimento de forma mais célere, além de consultas com especialistas.
É o caso da estudante Jéssica Monteavão, 23 anos. Ela conta que sofreu um acidente doméstico, o que resultou em um trauma na mão diagnosticado após procurar atendimento no Cenort (Centro Ortopédico Municipal).
“Eu escorreguei e caí de mau jeito por cima da mão. Foi muito rápido e na hora não doeu. Achei que não tinha acontecido nada, mas logo em seguida começou a latejar. Fui no médico e ele me disse que tinha fraturado”, comenta.
A paciente disse ter ficado apreensiva no início por não ter plano de saúde e condições de fazer na rede particular, mas acabou sendo surpreendida.
“Fizeram a tala na minha mão e me disseram que já iriam me encaminhar para cirurgia, mas eu achei que demoraria. No SUS a gente tem esse conceito errado de que tudo é demorado e que não funciona, mas foi totalmente ao contrário. No outro dia me ligaram para fazer os exames e em menos de 48h depois de eu ir no Cenort eu já estava dando entrada aqui no hospital para a cirurgia”, complementa.
Os procedimentos considerados de baixo risco abrangem traumas eletivos diversos, como fratura em mão, dedo, tornozelo, pulso, pé, cotovelo e demais cirurgias. Na maioria dos casos o paciente recebe alta no mesmo dia do procedimento.
O secretário municipal de Saúde José Mauro Filho destaca que a parceria com a instituição é uma estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para assegurar o atendimento adequado ao paciente em diferentes estágios da assistência.
“Há uma demanda muito grande por esse tipo de procedimento e, consequentemente, isso se reflete no tempo de espera. Com uma oferta maior podemos atender mais pacientes e um curto espaço de tempo. Isso proporciona um melhor resultado na cirurgia e no processo de recuperação do paciente. Ele faz desde a consulta a fisioterapia do pós-operatório”, pondera
Os atendimentos devem se estender até dezembro de 2021 e a expectativa é de que sejam realizados ao menos 100 procedimentos por mês.
Exames e consultas
A parceria da Prefeitura de Campo Grande com o Hospital do Pênfigo deve assegurar ainda a realização de quase 20 mil procedimentos , entre exames de ressonância magnética, tomografias computadorizadas, além de sessões de fisioterapia e consultas com especialistas em ortopedia, cardiologia, ginecologia e dermatologia a disposição desses pacientes.
Outros exames de diagnóstico, como ultrassonografias, ecocardiograma transtorácico, holter mapa cardíaco, teste ergométrico, exame de bioquímica, hematologia, sorologia e imunologia, uroanálise, eletrocardiograma e radiografias, também serão realizados.
“Com a realização desses procedimentos, a fila de espera reduzirá, dando mais celeridade e qualidade no atendimento dos pacientes, que aguardam pelo exame para descartar a suspeita de uma doença grave, ou que precisam de sessões de fisioterapia para melhorar sua qualidade de vida”, finaliza o secretário.
Com informações da Prefeitura