O debate sobre racismo e violência policial foram retomadas nesta quarta-feira (17), pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra (Suíça).
Após o assassinato de George Floyd, um norte-americano negro, por policiais, houve protesto em todo o mundo contra a discriminação racial e a brutalidade policial em serviço. Na segunda-feira (15), mais de 600 grupos de direitos humanos pediram investigação contra essa violência no tratamento no qual agentes policias tem aplicado.
De acordo com a presidente do Conselho, Elisabeth Tichy-Fisslberger, trata-se de uma “questão universal”, reforçada ainda mais após o grande número de protestos que vêm ocorrendo em diversos países.
“Como vimos em manifestações em todo o mundo, inclusive aqui em Genebra, esse é um tópico que não trata apenas de um país, mas vai muito além disso”, disse ela durante a abertura dos debates.
O Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial solicitou na segunda-feira que os Estados Unidos promovam reformas estruturais imediatas para acabar com a discriminação racial e mantenham suas obrigações sob a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.
Em declaração publicada online, o comitê instou os EUA a respeitarem plenamente a Convenção, ratificada pelo país em 1994, de forma a garantir um amplo entendimento da Convenção entre seus agentes policiais por meio de treinamento e educação.
“Ninguém deve ser vítima de discriminação racial, esta é a essência da Convenção”, disse o presidente do comitê, Noureddine Amir. “Não podemos permitir nenhum atraso na promoção do entendimento entre todas as raças, interrompendo o perfilamento racial e criminalizando ataques motivados por raça”, acrescentou.
(Texto: Inez Nazira com informações da Agência Brasil)