As políticas públicas na área da cultura e da educação devem ter como fundamento “evidências” e não “preferências”. Essa ideia foi defendida nesta quarta-feira (11) pelo diretor da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) no Brasil, Raphael Callou.
A entidade realiza, ao longo desta quarta-feira, em São Paulo, o I Encontro da OEI de Políticas Públicas de Educação e Cultura, para debater os dois temas, da qual participam especialistas e autoridades governamentais. A OEI é uma organização intergovernamental internacional especializada em educação, ciência e cultura.
“É um discurso importante e bastante central, porque quando a gente começa a trabalhar com dados, fatos, avaliações e evidências, a gente consegue trazer, antes de mais nada, a defesa da importância e do valor que algumas políticas públicas oferecem”, disse o representante da OEI, acrescentando que tanto a cultura como a educação contribuem para o pleno exercício da cidadania, já que tornam as pessoas “conscientes de si, de seus direitos e obrigações”.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, endossou as palavras do anfitrião. Para ele, o segmento tem relação direta com “o desenvolvimento humano, econômico e social”.
O secretário destacou números que mostram potencial do setor. Segundo ele, a classe artística responde por 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista.
Conforme o levantamento apresentado, as atividades culturais chegam a movimentar, no estado, 330 mil empregos. Em 2018, somente os musicais que entraram em cartaz tiveram um impacto de R$ 1,01 bilhão na economia do estado.
Como exemplo da importância do setor, o secretário citou o Projeto Guri, que oferece aulas de música no contraturno escolar. Segundo Sá Leitão, os estudantes que participam da iniciativa têm uma melhora de 50% no desempenho na escola.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)