Nova Iorque tem espaço para orientar brasileiras vítimas de violência

Foto: Arquivo/Governo Federal
Foto: Arquivo/Governo Federal

As mulheres brasileiras vítimas de violência na região de Nova Iorque (EUA) têm um local exclusivo para receber apoio e atendimento especializado. Nesta quinta-feira (17), o Governo Federal inaugurou o Espaço da Mulher Brasileira, que funcionará dentro do Consulado-Geral do Brasil. As atividades e serviços prestados serão desenvolvidos em sintonia com o Projeto Casa da Mulher Brasileira, da SNPM (Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres).

“Já temos um espaço semelhante a este em Roma (Itália), em Boston (EUA) e agora em Nova Iorque. A mulher brasileira deve ser cuidada em todos os lugares. Este lugar é um local de esperança. Não é só um lugar para denúncia, mas é um espaço para a mulher que quer crescer, empreender e trocar experiência. Vamos cuidar de todas que precisam ser cuidadas”, destacou a titular da MMFDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), Damares Alves, na inauguração.

A proposta do local é ofertar atendimento e serviços multidisciplinares nas seguintes áreas: prevenção e combate à violência doméstica; apoio e orientação em questões de disputa de guarda e cuidados com crianças e adolescentes; empoderamento e fomento à autonomia; estímulo aos estudos continuados e à profissionalização; além da conscientização sobre demais temas de interesse das mulheres da comunidade brasileira na região.

“Não se trata apenas de um espaço de enfrentamento à violência, mas sim de capacitação e qualificação da mulheres. Nenhuma mulher neste governo ficará para trás e já estamos com um novo olhar sobre as nossas políticas para chegar até vocês”, reforçou a secretária nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto.

“Hoje é um dia de festa para a nossa comunidade em Nova Iorque. Este ambiente demonstra que a mulher brasileira não deixou o Brasil somente porque atravessou a fronteira. Mesmo no exterior, o Governo Brasileiro estará do lado de vocês”, destacou a Cônsul-Geral do Brasil em Nova York, Maria Nazareth Farani Azevêdo.

Representando a sociedade Civil, a modelo e atriz Luiza Brunet, que foi vítima de violência doméstica, comentou sobre a alegria de saber que as mulheres imigrantes têm este espaço para receber o apoio do Estado. “Essas mulheres serão acolhidas, abraçadas, vão aprender como sair de relacionamentos abusivos”, afirmou.

Capacitação

Durante o evento, a ministra também participou da entrega de certificados para mulheres capacitadas por meio do Programa Qualifica Mulher. Jéssica Cruz de Castro cursou a qualificação sobre educação financeira. Ela agradeceu a oportunidade de aprimorar o negócio com o curso. “Através desse projeto, o governo vai ajudar muitas mulheres. Não só no Brasil, mas em todo o mundo”, disse. No total, mais de 102 mil mulheres já acessaram a política.

Outra mulher que participou das iniciativas do MMFDH é a moradora do estado de Nova Jérsei Solange Paesanti. Ela trabalha em uma organização da sociedade civil e garantiu que o processo de qualificação pelo qual passou fez a diferença. “Por trabalhar com muitas outras mulheres, eu até me comprometi a ser uma divulgadora do Qualifica Mulher”, revelou.

Exposição

A inauguração do Espaço da Mulher Brasileira em Nova Iorque também envolveu a abertura da exposição “Casa da Mulher Brasileira” – que reúne fotografias que retratam os atendimentos e serviços multidisciplinares de prevenção e combate à violência ofertados nas Casas da Mulher Brasileira. As imagens ficarão expostas no local pelos próximos 30 dias.

“O Brasil está fazendo uma revolução na política pública para a mulher. Estamos fazendo o enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher. O recado está dado. Agressores não têm vez no Brasil. Quero voltar aqui em breve para dizer ao mundo que o Brasil é o melhor lugar do mundo para ser menina, para ser mulher”, ressaltou a ministra Damares Alves.

Casa da Mulher Brasileira

São espaços públicos onde se concentram os principais serviços especializados e multidisciplinares da rede de atendimento às mulheres em situação de violência, de acordo com as tipologias e as diretrizes estabelecidas pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNPM/MMFDH).

Atualmente, no país há sete Casas da Mulher Brasileira em funcionamento: São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), São Luís (MA), e Brasília (DF) e Curitiba (PR). Juntas, realizaram cerca de 900 mil atendimentos desde 2019. O MMFDH vem disponibilizando recursos para a implantação de outras 23 unidades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *