O Ministério da Defesa informou nesta quarta-feira (11) que o navio polar Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil, recolheu, itens pessoais e destroços compatíveis com a aeronave Hércules C-130, da Força Aérea do Chile, que está desaparecida desde a noite da última segunda-feira (09).
As partes do avião e os objetos estavam a aproximadamente 280 milhas náuticas (518 km) de Ushuaia, na Argentina. “O navio da Marinha do Brasil permanece na área de busca em ações coordenadas com autoridades chilenas e duas lanchas do navio continuam a recolher destroços”, informou o ministério, por nota.
A embarcação brasileira estava cumprindo missão oficial na região e, após o acidente, foi deslocada para colaborar com as autoridades do Chile nas buscas.
A aeronave chilena saiu de Punta Arenas, no sul do país, na noite de segunda-feira (9), com destino à Base Eduardo Frei Montalva, na Antártica, mas desapareceu do radar cerca de uma hora e meia depois.
Após ter se esgotado o tempo de autonomia da aeronave, ela foi considerada desaparecida pelas autoridades chilenas. O avião transportava 17 tripulantes e 21 passageiros, em missão de apoio logístico à base da Antártica, para revisar um oleoduto flutuante de abastecimento de combustível e realizar um tratamento anticorrosivo nas instalações nacionais no local.
A região onde o avião desapareceu está localizada em Paso Drake ou Mar de Drake, e é uma extensão de mar de cerca de 800 quilômetros (km), que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, entre a América do Sul e a Antártica. Tem uma profundidade média de 3.400 metros e é considerado um dos lugares mais tempestuosos do planeta, com ventos que superam os 70 km/h e ondas de mais de 8 metros de altura.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)