O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência no tratamento do novo coronavírus, começou a semana com o número muito baixo de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis. Na segunda-feira (6) eram 10, mas a situação se agravou durante a noite e esse número caiu para apenas um leito na manhã de ontem (7). Na prática, 98% da capacidade de atendimento nas vagas de UTI está sendo usada.
Ao todo, no hospital, são 83 leitos críticos e, destes, 11 estão ocupados por pacientes não COVID-19, ou seja, 72 pacientes ou estão com a suspeita ou já têm a confirmação de que estão infectados pelo coronavírus. Além das transferências para outras unidades, o HR vai restringir atendimento para os pacientes sem COVID por sete dias, para preservar os leitos.
De acordo com a diretora- -presidente do HRMS, Rosana Leite, a noite foi bem tensa no hospital. Em função disso, a terça-feira começou com uma reunião entre autoridades da saúde do município e do governo para estudarem uma solução. “Recebemos dois pacientes infectados do interior, um da Santa Casa.
Ainda bem que dos 23 pacientes não COVID-19 que estavam ocupando os leitos críticos, ainda na segunda-feira (5), nós conseguimos transferir seis, dar altas para outros e chegarmos ao número de 11; foi o que ajudou”, explicou. Na tarde de ontem, o HR emitiu uma nota sobre lotação no prédio.
Sobre a reunião, a diretora afirmou que diversas estratégias estão sendo estudadas para liberar vagas no prédio aos pacientes infectados pelo novo coronavírus, Geralmente, transferências de pessoas sem a COVID para outras unidades são usadas para abrir essas vagas.
“Estamos estudando como vamos fazer para atender os pacientes que vão precisar de internação diante do aumento acentuado de casos da doença dos últimos dias. Já estão sendo abertos os 10 leitos de enfermaria no Hospital de Câncer Alfredo Abrão e 20 leitos na Santa Casa, inclusive os pacientes já vão começar a serem transferidos”, disse. Rosana ainda afirmou que 30 leitos da maternidade do HR podem ser movidos para atender os pacientes da COVID. Outros 18 de outro andar também estão sendo estudados para atendimento.
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(Texto: Rafaela Alves/Pulicado por João Fernandes)