O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu à Prefeitura de Campo Grande a adesão de medidas mais restritivas. O pedido veio após a fiscalização em bairros do município, em que foi avaliado o desrespeito do toque de recolher e a aglomeração em bares e restaurantes. Uma das ações apontadas na terça-feira (4) pelo órgão é a proibição da venda de bebidas alcoólicas.
De acordo com a titular da 32ª Promotoria de Justiça, Filomena Fluminhan, existe a necessidade de estabelecer “lei seca” no município, por 15 dias. “Proibir a venda de bebidas alcoólicas impacta positivamente no distanciamento social, propiciando a diminuição na transmissão da COVID-19 e também nos acidentes de trânsito, possibilitando diminuir ainda os pacientes oriundos do trauma e que superlotam a Santa Casa, principalmente nos fins de semana”, assegurou. Além disso, foi solicitado a proibição do atendimento presencial ao público em bares e restaurantes a partir das 17 horas, sendo permitido apenas delivery, nos dias de semana e fins de semana.
Segundo a promotora, foram analisadas a taxa de ocupação dos leitos e adesão da população aos decretos já estabelecidos. “Estamos na 32ª semana da pandemia da COVID-19 na Capital e entre essa e a próxima semana, possivelmente no pico, o que justificam essas medidas mais restritivas, diante da alta taxa de ocupação de leitos de UTIs [Unidades de Terapia Intensiva] na rede pública e privada de Campo Grande”, apontou.
Questionada pela reportagem sobre as solicitações, a prefeitura informou que está trabalhando para garantir “equilíbrio entre a saúde e a economia”, destacando as medidas já adotadas. “Para tanto, temos intensificado as ações preventivas, com desinfecção das principais avenidas e ruas nos bairros, barreiras sanitárias, determinação do uso de máscara, toque de recolher, regramento do comércio; blitz; ônibus covid nos bairros, aumento no número de testes (2 mil por dia), orientações em todas as regiões da cidade, aumento de 130% no número de leitos e contratação de 970 profissionais da saúde somente em 2020”, enfatizou por nota. Por fim, afirmou que vai “avaliar os aspectos fáticos e jurídicos da recomendação a partir dos dados científicos trazidos pelo grupo técnico”.
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(Texto: Amanda Amorim e Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)