MPMS pede atualização de leitos em tempo real para hospitais

Para o órgão, faltam informações das vagas, o que prejudica o monitoramento

O aumento dos casos do novo coronavírus levou a uma alta na taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Campo Grande. Em função disso, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) expediu uma recomendação para que os hospitais da rede pública e privada com leitos contratualizados com o município informem em tempo real e diariamente o número de vagas ocupadas, tanto de casos suspeitos quanto de casos confirmados.

A medida se dá porque, mesmo com a obrigatoriedade do fornecimento dos dados, foi avaliado o indício de irregularidades na alimentação do sistema que monitora a ocupação de leitos na cidade. Nesta mesma semana, Campo Grande registrou um índice de ocupação alto dos leitos de UTI.

Foi destacado pelo órgão que o boletim da SES com dados até 28 de julho mostrava que Campo Grande tinha 125 pacientes internados nos leitos de UTI, sendo 71 em leitos públicos e 54 em leitos privados, e 129 internados em leitos clínicos, com 72 em leitos públicos e 57 em leitos privados.

Outros 6 pacientes estavam em leitos de pronto atendimento médico públicos. Já a taxa de ocupação global de leitos UTI
SUS na macrorregião de Campo Grande era de 96%, conforme o Boletim da SES do dia 29. Os hospitais têm o prazo de 48 horas para responder à 32ª Promotoria de Justiça sobre o acolhimento da recomendação e para informar as providências concretas efetivamente realizadas pela gestão municipal.

A recomendação feita por meio da promotora de justiça Filomena Fluminham, aos hospitais Regional, Universitário, Santa Casa, Cassems, Unimed, Proncor, El Kadri, Clínica Campo Grande, Adventista do Pênfigo, Alfredo Abrão, Maternidade Cândido
Mariano e Nosso Lar. O MPMS recomenda também que sejam atualizados diariamente os dados da unidade hospitalar
com todos os campos do sistema preenchidos, como o número de leitos existentes por tipo (UTI, clínico, pediátrico e adulto), leitos ocupados, alta hospitalar e óbitos.

(Confira mais na página A6 da versão digital do jornal O Estado)

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