Como reitor desde novembro de 2016, afirma que é possível levar uma universidade pública a ser referência no Brasil
Dando início à série de reportagens com os candidatos a reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o prof. dr. Marcelo Augusto Turine concorre à reeleição. Turine é graduado em Ciência da Computação na Unesp, possui mestrado em Inteligência Artificial pelo ICMC/USP e doutorado na área de Ciências da Computação pelo Instituto de Física de São Carlos (USP) e pós-doutorado em Políticas Públicas pela PUC-SP. A chapa 2, “Todos Somos + UFMS”, traz como vice a profa. dra. Camila Ítavo, atual vice-reitora e professora Associada III da Famez (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia). Em 2008, tornou-se diretor científico da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), e, em 2011, assumiu a presidência da fundação.
O Estado: Caso venha a ocupar o cargo de reitor, quais serão os principais eixos do seu plano de gestão? Pelo que sua gestão será lembrada?
Turine: Como reitor da UFMS desde novembro de 2016, mostramos que é possível melhorar os indicadores educacionais, levar uma universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva, a ser referência no Brasil e no mundo. Nosso Programa de Trabalho tem seis eixos estratégicos, com destaque no fortalecimento dos cursos de graduação e de pós-graduação, inclusão de mais estudantes na UFMS, continuar com vestibular e PASSE, mais investimentos em projetos de ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação.
O Estado: O Brasil atravessa um cenário de cortes nos investimentos em pesquisa, além de diminuição dos orçamentos das universidades. Nesse contexto, como se manter produzindo saberes?
Turine: Desde 2016, enfrentamos um período de crise econômica, agravada ao fim com a pandemia de COVID-19. Os desafios foram e continuarão a ser enfrentados com responsabilidade, criatividade, diálogo, respeito e legalidade. Somos referência no ensino remoto de emergência e estamos trabalhando mais e mais para formar nossos jovens. Todos os editais de fomento existentes serão mantidos para fortalecer os programas de pós-graduação stricto sensu, os laboratórios de pesquisa, e a manutenção dos equipamentos, além de incentivar as empresas juniores e a incubadora de empresas no ecossistema de inovação.
O Estado: A UFMS estabelece a universidade como instituição de ensino, pesquisa e extensão. Como articular esse tripé? E quais são os seus planos específicos para a extensão?
Turine: Continuaremos a investir recursos e criar programas e projetos de extensão para conexão e transformação da sociedade. A escola de extensão criará novos cursos de especialização e capacitação. Vamos fortalecer mais eventos e inaugurar o 1º Parque da Ciência aberto em MS, o Museu da Ciência, Tecnologia e Inovação, além da revitalização do Autocine. O Ginásio Moreninho será revitalizado e acessível, com bancos e placar eletrônico para eventos esportivos e culturais, o Morenão já foi reaberto para os jogos e será um grande espaço de esporte e de cultura.
O Estado: Qual é a sua proposta para que a comunidade universitária possa se sentir mais segura no campus?
Turine: A segurança é eixo estratégico de atenção da nossa gestão. Ampliamos e vamos modernizar o monitoramento 24 horas por câmeras de vigilância na Cidade Universitária e nos nove campus da UFMS. Implantamos a vigilância motorizada, melhoramos a iluminação pelas ruas e passarelas e entregaremos pontos de ônibus ecossustentáveis, com sistema de botão de pânico, em conexão direta com a equipe de Segurança da UFMS.
Na Cidade Universitária, implantamos a Delegacia Virtual, em parceria com a Polícia Civil de MS, e firmamos convênio com a Guarda Municipal de Campo Grande e, para os próximos quatro anos, ampliaremos o Programa UFMS Segura em todos os campus da UFMS, em cooperação com as prefeituras, em busca de prevenção, treinamento de pessoal e soluções para o aumento da segurança.
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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)