O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (10), que pedirá nos próximos dias à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma avaliação sobre a liberação de autoteste para diagnóstico da COVID-19. A decisão ocorre após a Anvisa enviar ofício ao Ministério da Saúde solicitando que o órgão avalie a criação de uma política pública para autotestagem de Covid-19.
Nas conversas entre a Anvisa e o Ministério da Saúde, a tendência mais forte é que seja elaborada uma normativa temporária para o uso do exame. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, tem cuidado das tratativas e afirma que a solicitação será enviada à Anvisa entre esta quarta (12) ou quinta-feira (13), segundo a CNN.
No último final de senama, a Anvisa admitiu que a proibição pode ser revista caso o Ministério da Saúde institua políticas públicas e estratégias para a utilização dos produtos. O órgão regulador explicou que o uso de autoexames envolve questões de segurança, complexidade da execução do teste e particularidades quanto ao armazenamento, à validade e ao uso dos produtos.
O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro do paciente não treinado. “É prudente considerar a importância da avaliação quanto à viabilidade de ampliação do ambiente de uso de produtos para diagnóstico in vitro com adequado monitoramento do impacto de tais mudanças, quando se assume a adoção de práticas que antes eram incomuns para a sociedade”, defende a Anvisa.
O Ministério da Saúde afirma que “adquire e distribui aos estados apenas os testes já aprovados e registrados na Anvisa para detecção da Covid-19 e, até o momento, não existe aprovação de registro de autoteste na Anvisa”.
(Com informações Metrópoles/CNN)