Devido ao primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil, ocorrido em São Paulo, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. De acordo com o ministro Luiz Henrique Mandetta, a campanha que antes estava prevista para abril terá início no dia 23 de março, com 75 milhões de doses disponíveis. “Antecipamos em 23 dias a data prevista original para essa campanha”, disse o ministro.
A campanha vai privilegiar gestantes, puérperas, crianças de até seis anos de idade, idosos e, possivelmente outros grupos de pessoas que trabalham na área de segurança e população carcerária.
“Este ano vamos fazer outros grupos que não os idosos. Devemos fazer [vacinação] nas forças de segurança, na população presidiária completa, nos agentes penitenciários. Devemos fazer a ampliação de segmentos para diminuir a circulação epidêmica”, falou.
A vacina contra a gripe não previne o coronavírus. Mas segundo o ministro, ela será importante para combater os demais vírus associados a outros tipos de gripes e diminuir a dificuldade dos profissionais de saúde na hora de identificar corretamente o tipo de vírus que está provocando os sintomas no paciente.
“A vacina [da gripe] dá cobertura e deixa o sistema imunológico 80% protegido contra essas cepas de Influenza e virais que estão circulando e são mais comuns que o coronavírus”, disse o ministro. “Para um profissional de saúde, quando um indivíduo tem um quadro gripal e informa que já foi vacinado [contra gripe], isso auxilia muito o raciocínio do profissional para pensar na possibilidade de outras viroses que não aquelas que são cobertas pela vacina. Ela [a vacina] é um instrumento importante porque diminui a espiral de epidemia desses outros vírus que podem eventualmente ocorrer e confundir a população”, destacou.
Coronavírus em Mato Grosso do Sul
Nas últimas 24 horas, Mato Grosso do Sul registrou sete casos suspeitos de coronavírus (Covid-19), sendo um em Ponta Porã e seis em Campo Grande. As informações foram repassadas na tarde desta quinta-feira (27) pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS). Os casos foram considerados como suspeitos, conforme classificado pelo Ministério da Saúde.
Em Campo Grande, dos seis suspeitos, dois foram descartados para o vírus e quatro pacientes que fizeram o exame no Lacen – Laboratório Central de MS para identificar a doença tiveram as amostras negativas, porém, foram encaminhadas para o laboratório em São Paulo para análise e confirmação dos resultados.
Em Ponta Porã, o brasileiro, de 24 anos, que também não teve a identidade revelada, e estava sob suspeita do vírus, teve resultados negativos para oito tipos de vírus respiratórios pesquisados pelo Lacen, entre eles influenza.
Primeiro caso confirmado em São Paulo
Na última quarta-feira (26), o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de coronavírus em São Paulo. O homem de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, na última terça-feira (25), com histórico de viagem para Itália, na região da Lombardia.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)