Técnicos da TransLAB.URB, empresa contratada pela prefeitura, iniciaram estudo de mapeamento do Mercadão Municipal para iniciar no próximo ano o processo de revitalização. Um dos problemas apontados de quem frequenta o local é a falta de praça de alimentação e a necessidade de ampliação do estacionamento. Em 2016 na última reforma feita no Mercadão foram feitos mudanças estruturais como troca do telhado e do piso, substituição do sistema elétrico e hidráulico, adequação dos banheiros e instalação de equipamentos contra incêndio.
O estacionamento que fazia parte do plano viário foi todo remodelado, porém por conta da demanda de clientes o espaço ainda precisa de ampliação. “O local para estacionar é bom, mas se fosse coberto ficaria muito mais cômodo para os clientes”, diz assistente de enfermagem Adriana Giavarotti, de 44 anos, cliente do Mercadão.
Os comerciantes reivindicam a construção de uma praça de alimentação para atender melhor a demanda. O Mercadão recebe cerca de 5 mil clientes diariamente, que são atendidos pelos 223 varejistas e 500 trabalhadores. A coordenadora de projeto do município, Catiana Sabadin, explica que a reforma do Mercadão ainda não foi oficializada, porém, existe planejamento de urbanismo tático em andamento. “Estamos testando quais os melhores lugares pra incluir um espaço de alimentação aos clientes. Não temos recursos do Reviva, até porque o projeto necessita de um estudo e mapeamento do local. Como o prédio do Mercadão é tombado, temos uma dificuldade pra fazer um anexo e o levantamento é justamente para entender as necessidades das pessoas em volta”, completa a gestora.
Alguns trabalhos pontuais começaram serem feitos nesta semana, foi concluída a pintura nos asfalto para indicar a entrada aos visitantes. O projeto de remodelação de pontos turísticos da Capital, inciou no dia 19 de agosto desse ano e tem como objetivo implantar as obras em 2020 com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional, chamado Pró-Cidades. A ideia é viabilizar a demanda, num prazo curto, custo baixo e alto impacto.
Já na Esplanada Ferroviária, existe um projeto de revitalização em andamento que busca reformar todo o espaço. Um evento no próximo domingo na Orla Ferroviária, vai mostrar o resgate da história do lugar e expor fotografias de pessoas que moram na região. Os materiais descartados na obra do Reviva Campo Grande, serão reutilizados na confecção de móveis para decorar a Esplanada ferroviária.
História
O prédio do Mercadão foi inaugurado em 30 de agosto de 1959. O local nasceu a partir de uma feira livre que era realizada onde hoje está localizado o estacionamento. O terreno para a construção do centro comercial foi doado à prefeitura por um dos feirantes, Antônio Valente, que como homenagem acabou dando nome ao prédio.
No começo, eram vendidas no Mercadão apenas frutas, verduras, legumes e carnes. Com o passar do tempo, os comerciantes começaram a diversificar a oferta de produtos. Hoje são comercializadas desde ervas medicinais, passando por queijos, doces, artesanato, bebidas típicas, frutas, legumes, verduras, carnes, peixes, pastéis, salgados e sucos, entre outros produtos. (Thais Cintra)