Mães reivindicam retorno dos profissionais da APE

Inclusão é uma das pautas levadas pelo grupo

Em manifestação contra a demissão dos professores do Apoio Profissional Especializado (APE), mães e representantes de instituições de apoio à crianças com deficiência se reuniram na Câmara dos Vereadores de Campo Grande, nesta terça-feira (10), na tentativa de cobrar um parecer do legislativo.

No mês de julho, os profissionais do ensino público responsáveis por orientar os alunos com deficiência e autismo foram demitidos, sendo substituídos pelos Assistentes Educacionais Inclusivos (AEIs). A alteração ocorreu após um processo seletivo, no qual, cerca de 226 AEIs passaram por capacitações e aulas relacionadas a questões de Acessibilidade e Tecnologia; Transtorno de Espectro Autista (TEA); Surdez e Baixa Visão.

Segurando cartazes que reivindicam uma educação inclusiva, as mães reclamam sobre a mudança e a falta de diálogo com equipes especializadas no assunto. Além disso, a presença na Câmara também é para pedir mais explicações sobre uma fala do prefeito Marquinhos Trad a respeito da criação de uma escola para as crianças com deficiência.

“Não é o que se adota no mundo, não é o que defende nossa Constituição. Ele [prefeito]  está caminhando equivocadamente, ele precisa ouvir os grupos especializados para poder implantar um processo de desenvolvimento dessas crianças, esse é o objetivo e não caminhar paralelamente”, afirmou Adriana Barbosa, uma das mães que foram à luta. Segundo ela, duas mil crianças com algum tipo de deficiência requerem a necessidade e o amparo dos profissionais da APE.

Ainda de acordo com Adriana, a reivindicação na manhã de hoje é uma tentativa de garantir o retorno desses profissionais para o ano letivo de 2020.

(Texto: Jéssica Vitória)

 

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