Intensa circulação de vírus respiratórios aumenta espera de transferência para hospitais

Hospital Universitário HU fachada
Imagem: Reprodução/Valentin Manieri

[Texto: Kamila Alcântara, Jornal O Estado de MS]

Só o Humap-UFMS está com o dobro da capacidade de crianças internadas, 70% por doenças respiratórias

Os relatos de mães desesperadas por vagas em hospitais, para atendimento especializado dos filhos com problemas respiratórios, é reflexo da intensa circulação dos vírus respiratórios, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Um exemplo é o Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), que tem oito leitos pediátricos e está com 16 crianças internadas.

Segundo a Sesau, Campo Grande tem, dentro do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), 104 leitos clínicos e cirúrgicos para atendimento pediátrico e mais 23 leitos de terapia intensiva. Porém, com a intensa circulação de vírus respiratórios, principalmente Influenza A e VSR, a rotatividade dos leitos diminui.

“O que resulta, consequentemente, em um tempo de espera de transferência para uma unidade hospitalar maior que o desejado. É importante ressaltar que todo e qualquer paciente que estiver em uma unidade de urgência aguardando vaga para transferência está sob cuidados adequados da equipe de saúde do local, sendo acompanhado, reavaliado e havendo a atualização da solicitação sempre que julgado necessário”, reforça a Secretaria.

Em nota enviada ao O Estado, o HU informou que dos 16 pacientes pediátricos internados, 70% são por doenças respiratórias. A Área Amarela também está lotada, o setor que recebe pacientes de AVC (Acidente Vascular Cerebral) também está totalmente ocupado e há 21 pacientes adultos na Área Verde, tendo capacidade apenas para mais quatro.

De acordo com o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), da semana passada, sobre a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), a Capital está com 1,5 mil casos confirmados e já registrou 105 óbitos este ano. Já os casos de Influenza, são 34 de H1N1; 105 de H3N2 e 62 não subtipos. O documento informa, ainda, que apenas 32,7% da população está na cobertura vacinal contra Influenza.

Atendimento odontológico na UBS Dona Neta

Os moradores do Bairro Guanandi que precisarem de atendimento odontológico, realizado na UBS (Unidade de Saúde Básica) Dona Neta, devem ter os procedimentos adiados até que uma máquina seja arrumada.

Segundo o morador Sinésio Cristaldo, de 75 anos, ele foi até a unidade para saber se estava confirmado o atendimento que tinha agendado para daqui a uns dias, quando encontrou um paciente com o rosto inchado e sem conseguir ser atendido.

Fui informado que o aparelho chamado compressor odontológico está estragado, que prejudica o pleno funcionamento do setor aqui no posto de saúde. Funcionários disseram que a dentista vem certinho trabalhar, mas está conseguindo atender apenas o que não exige o uso da máquina”, relata o aposentado.

Por nota, a Sesau confirma que o atendimento odontológico da unidade está parcialmente suspenso em razão da necessidade de manutenção do aparelho de compressor que apresentou instabilidade.

“Os profissionais estão fazendo o acolhimento e avaliação dos pacientes, além das devidas orientações de acordo com o quadro apresentado, sendo os casos de urgência direcionados para as Unidades de Pronto Atendimento que possuem atendimento odontológico em horário estendido”.

A Secretaria conclui dizendo que “a previsão é de que a integralidade do atendimento seja retomado de forma mais breve possível, tão logo o equipamento passe pela manutenção”.

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