Implantação de semáforos não agrada moradores da Júlio de Castilho

Nilson Figueiredo
Nilson Figueiredo

Implantação de semáforos três tempos na Avenida Júlio de Castilho agora permite que motoristas façam conversão à esquerda em quatro pontos na pista. No entanto, moradores e comerciantes da região afirmam que a novidade tem provocado tumulto e confusão na área, especialmente em horários de pico. A justificativa é a de que quem passa pelo local não acompanhou a nova realidade da via e acaba bloqueando o trânsito ao estacionar do lado direito da pista, o que passou a ser proibido nos trechos de conversão.

De acordo com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o reordenamento foi feito no cruzamento com as ruas Manoel Ferreira, Itatiaia, Leônidas de Matos e Pinto Dágua, e atendeu a pedidos de motoristas que reclamavam da dificuldade de fazer retorno. Antes disso, para fazer conversão na avenida, era preciso virar à direita, acessar o bairro e só então retornar para a via no sentido contrário.

Embora tenha sido feito para agradar a uns, a alteração virou dor de cabeça para outros. No cruzamento com a Rua Manoel Ferreira, por exemplo, o atendente Léo Ajala, de 23 anos, conta que são frequentes os episódios de confusão no trecho. “De um lado a pista fica parada porque tem motorista esperando no semáforo para virar, do outro, quem tenta passar fica bloqueado por causa de gente que estaciona onde agora tem faixa amarela e é proibido”, explicou.

O resultado, segundo ele, é uma sessão de “buzinaço”. “A pessoa diz que vai parar rapidinho e quando vê já atrapalhou todo mundo. Daí é buzina o dia inteiro aqui”, completou.

Além do incômodo com as brigas frequentes, Léo afirma que o comércio tem sentido negativamente a mudança, já que clientes que antes tinham a comodidade de parar em frente das lojas, agora precisam procurar trechos mais distantes para estacionar. “Para o comércio é ruim porque prejudica as vendas”, revelou.

Rosa Gomes, de 42 anos, trabalha em uma loja no cruzamento com a Rua Itatiaia e também coleciona histórias de acidentes e confusão no trecho. “Isso aqui está um caos. Semana passada um ônibus ficou bloqueado aqui”, lembra. Para ela, os episódios têm se repetido porque ainda não houve tempo suficiente para as pessoas se acostumarem à nova realidade. “Espero que mude porque a gente fica com medo de acidente”, observou.

Segundo o diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno, a prefeitura tem feito fiscalizações na região e vai intensificar os trabalhos, além disso, explicou que todas as áreas onde o estacionamento foi proibido foram sinalizadas. “Vamos notificar quem estiver estacionando onde não pode, mas infelizmente percebo que há uma falta de educação habitual dos motoristas”, pontuou.

Texto: Clayton Neves

Veja também a matéria: https://oestadoonline.com.br/aconchego-mensagens-positivas-sao-entregues-junto-as-refeicoes-os-pacientes-da-santa-casa/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *