Valdomiro Ambrósio Pedro, 53, estava sendo assistido pela Prefeitura de Campo Grande na unidade de Acolhimento Provisório I, implantado na escola municipal “Antônio Lopes Lins”, e reencontrou a família que mora em Flora Rica, em São Paulo.
A reaproximação aconteceu na última semana, o caminho de retorno aos familiares começou no início de dezembro, quando Valdomiro foi deixado em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no Bairro Coophavila. Valdomiro contou que o contato com o irmão foi perdido depois que ele foi trabalhar em obras na divisa de São Paulo e Mato Grosso do Sul, logo após a morte do pai.
A assistente social e coordenadora da unidade de acolhimento Giany da Conceição Costa, e a assistente social Maria Cristina Gonçalves da Silva iniciaram as buscas pela família de Valdomiro.
O trabalho da psicóloga Luana Ferreira Rodrigues também foi essencial durante o processo, já que Valdomiro estava apreensivo quanto à possibilidade de reencontrar a família. Após levantamentos em cartórios e buscas pelo CPF no banco de dados da Receita Federal, a equipe chegou a um dos sete irmãos de Valdomiro, até que na semana passada foi realizado o primeiro contato.
“Fizemos uma vídeo-chamada e todos se emocionaram muito”, lembrou Giany. Na última quinta-feira, dois irmãos e até o prefeito da cidade, Gilberto Sanchez Gomes, amigo de infância de Valdomiro, vieram de carro à Campo Grande, em uma viagem de cinco horas.
O irmão Paulo Ambrósio Pedro fala sobre a surpresa ao ser contatado pela equipe da unidade. “Nunca perdemos a esperança de encontrá-lo, principalmente minha mãe, que tem 78 anos e sempre chamava por ele. Foi uma surpresa enorme porque não pensamos que isso poderia acontecer agora, por causa das dificuldades da pandemia”, ressaltou.
O reencontro comoveu a todos. A família tentou resumir mais de 20 anos de distância por meio de fotos, mas devido a ansiedade, retornaram no mesmo dia para Flora Rica, já que os parentes haviam preparado uma recepção.