A falta de medicação para fazer o procedimento de entubação de pacientes em situação grave da COVID-19 é o atual desafio da saúde no Brasil. A falta de matéria-prima para a produção dos sedativos e o sobrepreço são fatores que dificultam a aquisição em pelo menos 24 estados, conforme o levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
Em função disso, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou ontem (25) que o Fórum Nacional de Governadores deve apresentar um pedido ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, para orientar sobre as compras dos sedativos. A declaração foi feita em audiência na comissão mista do Congresso.
De acordo com Casagrande, o pedido deve ser feito até hoje (26). A intenção é que o ministro possa intermediar a compra de medicamentos para o tratamento dos pacientes que estão nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). “A coordenação do governo federal na compra desses medicamentos é fundamental, e o Congresso pode nos ajudar nesse trabalho”, disse.
Na quarta-feira (24), o jornal O Estado conversou com a diretora-presidente do Hospital Regional, Rosana de Melo, que explicou que o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), que trata os pacientes do novo coronavírus, teme um desabastecimento. No pior dos cenários, com a unidade cheia, o estoque pode durar cerca de 40 dias, mas se os sedativos não vierem até o próximo mês, pode haver problemas.
“Faltam alguns [medicamentos], mas a gente ainda consegue substituir por outros, os específicos, mas no próximo mês, se as compras não chegarem, nos preocupa”, disse.
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(Texto: Raiane Carneiro com Agência Brasil/Publicado por João Fernandes)