Falta de vagas na educação infantil deve ser menor em 2024

Ao todo, 27 escolas
e 17 Emeis ganharão
salas para atender
mais alunos.|Foto: Nilson Figueiredo
Ao todo, 27 escolas e 17 Emeis ganharão salas para atender mais alunos.|Foto: Nilson Figueiredo

SED ajudará, atendendo até 1,6 mil alunos dos 4º e 5º anos

 

A falta de vagas para crianças dos anos iniciais da educação é um problema crônico em Campo Grande e, para tentar sanar o déficit, uma parceria com o Governo do Estado trouxe mudanças na dinâmica escolar e os pais precisam ficar atentos para não perderem as matrículas, em 2024.

O apoio foi oferecido para todos os 79 municípios, exclusivamente no regime integral, e a Capital firmou essa parceria na Defensoria Pública, com o apoio de vereadores e da ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação Pública).

Para entender melhor como funcionará a parceria, é importante entender que as Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) de Campo Grande recebem crianças de seis meses, do berçário, até completarem seis anos, quando passam para o 1º ano do ensino fundamental. Com isso, se um aluno chega à escola bebê, passará por todos os grupos, inclusive o Pré 1 e Pré 2, só então seria acolhido para outra unidade escolar.

Foto: Nilson Figueiredo

A proposta oferecida pela SED (Secretaria Estadual de Educação) foi a de utilizar salas ociosas, nas escolas de período integral, com turmas do 4º e 5º ano do ensino fundamental, pois essas unidades já recebiam alunos a partir do 6º até a conclusão do ensino médio.

Isso possibilitaria que as escolas do município recebessem turmas dos prés, para que as Emeis ganhem salas para os ensinos iniciais. É um “efeito cascata” ou “reação em cadeia”, como ficar mais fácil de compreender, tudo em período integral, para conseguir oportunizar o ingresso das crianças no ensino.

“Em Campo Grande, esProblema crônico SED ajudará, atendendo até 1,6 mil alunos dos 4º e 5º anos Falta de vagas na educação infantil deve ser menor em 2024 tamos com 881 vagas, de quartos e quintos anos planejadas mas, se tivermos aumento da procura, essas vagas podem ser ampliadas ou até dobrarem. Só reforçamos que esse novo acordo, para 2024, apenas será aceito para alunos do regime integral. Nos locais que já atendemos essas séries no regime parcial, por acordos anteriores, continuarão como antes”, como explica o coordenador da Central de Matrículas da REE (Rede Estadual de Ensino), Alciley Lopes.

Além de colaborar na diminuição do déficit, a estratégia também tem o propósito de alcançar a meta 6 do PNE (Plano Nacional de Educação), que estabelece a oferta de educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de modo que atenda a, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica. Para tanto, os estudantes devem ter, pelo menos, sete horas de atividades escolares. Esse trabalho garante que 60% da rede está inclusa na meta, com 218 escolas com turmas integrais nos 79 municípios, totalizando 48,7 mil vagas.

É importante destacar que A ideia é que até o dia 6 de fevereiro, todas as unidades já sejam utilizadas Lucas Bitencourt, títular da Semed Esse novo acordo, para 2024, só será aceito para alunos do regime integral Alciley Lopes, coordenador da Central de Matrículas o Estado só tem a obrigação de ofertar vagas de ensino fundamental em municípios que não possuem autonomia para a implantação de escolas municipais. É o caso do distrito do Indubrasil, em Campo Grande, que não foi alcançada pela Reme, então as crianças daquela região são atendidas pela REE em todos os anos escolares.

Conforme o secretário municipal de Educação, professor Lucas Bitencourt, o problema das vagas para crianças é antigo, já que nunca é zerada e todos os anos, cerca de 12 mil crianças nascem na Capital e com novas famílias se fixando por aqui, o número de alunos do ensino infantil na fila de espera chegou, neste ano, aos 9 mil.

Novas salas

A parceria com o governo não foi a única alternativa encontrada para tentar receber mais crianças. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) pretende começar as aulas com 166 novas salas, construídas nas 27 escolas e 17 Emeis, que possibilitam a abertura de 6,6 mil novos alunos no sistema.

“A ideia é que até o dia 6 de fevereiro todas as unidades estejam já sendo utilizadas. Precisamos de um planejamento a curto, médio e longo prazo. A curto, será a construção dessas novas salas; a médio, é olhar a cidade como um todo e retomar as obras paradas. Já podemos comemorar a retomada das obras nas Emeis do Jardim Inápolis, Santa Emília e do Oliveira 3”, destaca o secretário municipal de Educação.

Os pais também têm um papel fundamental na garantia de vagas para os filhos, principalmente nas da educação infantil. De acordo com a chefe da Central de Matrículas, Adriana Cedrão, a última listagem disponibilizada, no dia 1º de dezembro, contava com 6,3 mil vagas em Emeis, mas apenas 50% delas foram preenchidas, entre os dias 1º e 16.

“Pedimos que os pais tenham atenção às listagens, pois se eles não olham, perdem a vaga e depois vão reivindicar na Defensoria Pública uma vaga que estava garantida e perderam. Na última atualização, cerca de três mil crianças ficaram de fora, isso é muito sério. Muitos pais reclamam da falta de comunicação, mas colocamos cartazes em todas as unidades escolares, postos de saúde, anunciamos nas redes sociais e rádio. Utilizamos todos os canais de comunicação para alertar os pais”, alerta Adriana.

Conforme o calendário, fixado no site da Semed, a próxima listagem de vagas em Emeis sai no dia 11 de janeiro, sendo também o primeiro dia para a efetivação da matrícula. Os pais têm até o dia 17 para comparecer na escola e efetuar a matrícula.

 

Por Kamila Alcântara 

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