Uma onça pintada que faleceu após chegar ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) passou por uma necropsia, no qual constou haver um projetil de arma de fogo alojado na região do tórax. O tiro não foi recente, conclui o veterinário do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Lucas Cazati, responsável técnico do CRAS. “Deve ter ocorrido há uns três meses.” Entretanto, pode ter contribuído para a morte do animal, que já apresentava função pulmonar debilitada.
“A pele rebatida mostra musculatura esquelética também vermelho-escurecida, com lesão nodular de coloração pardacenta e firme ao corte. Aberta, mostra presença de projetil de grosso calibre, envolto por tecido granulomatoso sem hemorragia. Observa ainda em lobo cranial direito presença de estilhaço de projétil acima mencionado, restrito a pleura”, escreveu o professor doutor Gilberto Facco, que assina o exame de necropsia.
Da mesma forma, exame de Raio-X feito na onça sobrevivente mostra a presença de uma bala na região toráxica. Trata-se de um projetil de pequeno porte e o ferimento deve ter ocorrido já há alguns meses, pois a pele está completamente cicatrizada, afirma Cazati. Ele avalia a necessidade de proceder a uma cirurgia para retirar o metal.
Essa onça está com quadro de saúde estável, alimenta-se bem, já passou por exames de ultrassom, Raio-X, hemograma completo, funções hepática e renal, os ferimentos nas patas causados no incêndio apresentam melhora. Havendo a necessidade da cirurgia para retirada da bala, essa onça deve permanecer ainda por uns três meses no CRAS até se recuperar completamente.
(Com informações: Portal MS)
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