Campo Grande está tentando viabilizar a construção e o funcionamento de um Hospital Municipal. Desde julho deste ano, representantes do município estão em trânsito entre a Capital e Brasília para conseguir levantar verbas para a realização da obra. De acordo com o secretário de Saúde municipal, José Mauro Filho, o projeto da unidade prevê pelo menos 300 leitos.
“Seria em torno de 300 leitos. Ainda existe um planejamento para isso, foram nomeadas duas comissões, uma interna da Sesau [Secretaria Municipal de Saúde Pública] e outra envolvendo todas as secretarias que são envolvidas em uma obra nessa parte”, explicou sobre o projeto, durante lançamento da campanha nacional de vacinação contra o sarampo, no início do mês.
Conforme o secretário, os custos para a obra também são grandiosos, passando dos R$ 100 milhões para a construção. “Em torno de R$ 110, R$ 120 milhões só a obra, fora os equipamentos”, afirma. Em razão disso, a prefeitura está buscando verbas tanto com o Ministério da Saúde como por meio de emendas parlamentares para concretizar a unidade hospitalar.
Mauro disse ainda que existem locais avaliados para receber a possível construção, mas nada definido, já que o município ainda estuda modelos de hospitais para implantar. Entre as unidades já analisadas pelo município estão o Hospital Municipal de Cuiabá (MT), Salvador (BA), além de um modelo de UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Curitiba (PA). A preocupação da administração municipal, segundo Filho, é a adequação da estrutura à realidade de Campo Grande.
Comissões da prefeitura estão trabalhando no projeto, que já teve aval do ministro Luiz Henrique Mandetta. A comissão conta com dez integrantes e é composta de um presidente, um secretário e outros oito integrantes de diversas secretarias e da Procuradoria-Geral do município. O projeto para a construção do hospital vai ser elaborado até o fim deste ano.
Desafogar a saúde
Conforme a explicação de José Mauro para a reportagem do jornal O Estado, em julho, o hospital ajudaria a suprir a demanda de cirurgias eletivas, aumentaria o número de leitos na cidade, além de oferecer atendimento em especialidades mais precárias na Capital como a cardiovascular e de doenças crônicas. (Raiane Carneiro e Rafaela Alves)